Amante de Bruno chega ao Rio, após ter prisão preventiva revogada

Ela também é acusada no processo do desaparecimento e morte de Eliza Samudio.

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A ex-namorada do goleiro Bruno, Fernanda Gomes de Castro, chegou no Rio de Janeiro no início da tarde deste sábado (18), após ter sua prisão preventiva revogada pela Justiça de Minas Gerais. Ela também é acusada no processo do desaparecimento e morte de Eliza Samudio.

Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, ex-mulher de Bruno Souza, e Fernanda Gomes Castro, amante do atleta, deixaram no início da madrugada deste sábado a penitenciária feminina de Estevão Pinto, localizada no Bairro Horto, zona leste de Belo Horizonte. Além delas, Elenilson Vitor da Silva e Wemerson Marques de Souza, que estavam com seus advogados na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (BH), também foram liberados. Eles foram encaminhados para residências no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, região metropolitana.

Nesta sexta-feira, a juíza Marixa Fabiane Lopes, do Tribunal de Júri de Contagem, determinou que os quatro réus irão a júri popular, onde responderão por sequestro e cárcere privado. De acordo com a decisão de ontem, ficou revogada a prisão preventiva dos quatro, que ganharam o direito de aguardar o julgamento em liberdade.

Também foi decidido ontem que Bruno, Macarrão, Bola e Sérgio Rosa Sales (primo do atleta) irão a júri popular por homicídio triplamente qualificado como réus no processo do desaparecimento de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro. Bola responderá também por ocultação de cadáver. Bruno, Macarrão e Bola também estão presos no mesmo presídio de Contagem.

Flávio Caetano de Araújo, motorista do goleiro Bruno de Souza, foi absolvido. Todos foram absolvidos da acusação de corrupção de menores.

O caso

Eliza desapareceu no dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a agrediu para que ela tomasse remédios abortivos. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para pedir o reconhecimento da paternidade de Bruno.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estava lá. A atual mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante depoimento, um dos amigos de Bruno afirmou que havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado.

Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza seguindo denúncias anônimas, em entrevista a uma rádio no dia 6 de julho, um motorista de ônibus disse que seu sobrinho participou do crime e contou em detalhes como Eliza foi assassinada. O menor citado pelo motorista foi apreendido na casa de Bruno no Rio. Ele é primo do goleiro e, em dois depoimentos, admitiu participação no crime. Segundo a polícia, o jovem de 17 anos relatou que a ex-amante de Bruno foi levada do Rio para Minas, mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Neném, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Todos negam participação e se recusaram a prestar depoimento à polícia, decidindo falar apenas em juízo.

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno responderá como mandante e executor do crime. Além dos oito que foram presos inicialmente, a investigação apontou a participação de uma namorada do goleiro, Fernanda Gomes Castro, que também foi indiciada e detida. O Ministério Público concordou com o relatório policial e ofereceu denúncia à Justiça, que aceitou e tornou réus todos os envolvidos. O jovem de 17 anos, embora tenha negado em depoimentos posteriores ter visto a morte de Eliza, foi condenado no dia 9 de agosto pela participação no crime e cumprirá medida socioeducativa de internação por prazo indeterminado.

No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal, e seu amigo, três anos de reclusão por cárcere privado. Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio e Bola vão a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson também irão a júri popular, mas por sequestro e cárcere privado. Além disso, a juíza decidiu pela revogação da prisão preventiva dos quatro. Flávio, que já havia sido libertado após ser excluído do pedido de MP para levar os réus a júri popular, foi absolvido. Além disso, nenhum deles responderá pelo crime de corrupção de menores.



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