Ameaçada, extrativista é morta na frente dos filhos devido terra

A Polícia Civil de Rondônia, que abriu inquérito, investiga suspeita de que a morte de Dinhana Nink esteja relacionada a denúncias de desmatamentos.

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Agricultora foi morta na frente do filho de cinco anos. | Arquivo Pessoal
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Uma extrativista de 27 anos foi assassinada com um tiro de espingarda, no dia 30 de março, no distrito de Nova Califórnia (200 km de Porto Velho), em Rondônia, na fronteira com o sul do Amazonas. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (4) pela Comissão Pastoral da Terra.

A Polícia Civil de Rondônia, que abriu inquérito, investiga suspeita de que a morte de Dinhana Nink esteja relacionada a denúncias de desmatamentos contra madeireiros e grileiros da região.

Nink era extrativista do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Gedeão, criado pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). O projeto fica no sul do município de Lábrea (703 quilômetros de Manaus), na divisa com os Estados de Rondônia e Acre.

Na mesma região, em dezembro de 2011, foi assassinado o líder sem-terra Adelino Ramos, 57, que pertencia ao MCC (Movimento Camponês Corumbiara). Sua morte e, de outras lideranças do Pará, levou o governo federal a montar uma operação na região Norte.

No Amazonas, nove lideranças estão recebendo proteção policial porque estão ameaçadas de morte. Uma delas é Nilcilene Miguel de Lima, também moradora do PDS Gedeão. Ela anda com escolta armada da Força Nacional de Segurança, em razões das ameaças de morte.

Segundo Francineide de Souza Lourenço, da CPT, o nome da extrativista Dinhana Nink não estava incluído na lista de pessoas que receberiam proteção este ano. "Ela foi assassinada na frente do filho de seis anos", afirmou.

Em novembro, segundo Lourenço, a casa da extrativista foi incendiada em represálias as denúncias sobre a prática ilegal de extração de madeira dentro do projeto. De acordo com a Polícia Civil de Rondônia, não há informações sobre suspeitos envolvidos na morte da extrativista.



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