Após 17 anos, homem que matou a própria filha estrangulada nunca foi julgado

Em depoimento à polícia, Rodson Rui de Oliveira Torres disse que a criança teria morrido sufocada após ficar enrolada em uma rede na qual brincava.

Thamires Myrza Tavares | Reprodução
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Após 17 anos, o julgamento de Rodson Rui de Oliveira Torres, acusado de matar a própria filha de apenas 9 anos estrangulada, nunca aconteceu. O julgamento estava previsto para ocorrer nesta segunda-feira (17), mas foi adiado para o dia 24 de agosto pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) após a defesa alegar problemas de saúde e de prazo.

O caso da morte de Thamires Myrza Tavares, está em aberto há mais de 17 anos. O crime ocorreu em junho de 2006 no bairro Henrique Jorge, em Fortaleza. O Ministério Público do Ceará (MP-CE), por meio da 1ª Promotoria Auxiliar do Júnior, ofereceu a acusação contra Rodson em 2010. A denúncia foi aceita em 2019.

Na época,  Rodson, com 34 anos, teria sufocado a filha mais velha, Thamires Myrza Tavares, até a morte. De acordo com o TJ, a sessão foi adiada por ausência da defesa do réu. O tribunal afirmou ainda que, para dar celeridade ao julgamento, além da nova data, a Justiça já nomeou a Defensoria Pública para assumir a defesa do réu caso ele não apresente advogados novamente.

Em contrapartida, o advogado de Rodson destaca que só foi intimado para o julgamento por volta do meio-dia da última sexta-feira (14) e que a defesa deve ser notificada pelo menos três dias úteis antes do julgamento, conforme o Código do Processo Penal.

O QUE DIZ O ACUSADO

Em depoimento à polícia, Rodson Rui de Oliveira Torres disse que a criança teria morrido sufocada após ficar enrolada em uma rede na qual brincava. Entretanto, o laudo pericial apontou que a rede estava entre 20 e 45 centímetros do chão, e a menina possuía 1,3 metro de altura, portanto, pela altura, não teria como ela ter sufocado.

Ainda de acordo com o depoimento dele, o acusado disse que viu a filha pendurada “asfixiada” na rede, mas achou que fosse brincadeira e que a menina estivesse fingindo. Conforme o réu, ele desceu para cozinha e só voltou para onde ela estava após 15 minutos, quando então teria notado que não era uma brincadeira.

Ele ainda mencionou que deu um banho na menina e tentou reanimá-la. Só então chamou a ambulância para prestar atendimento. Antes do socorro chegar, ele desarmou a rede na qual Thamires teria morrido.



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