Após estupro por colegas, pais tiram filha de 12 anos de escola

Segundo o pai da vítima, a menina contou que o estupro não aconteceu apenas uma vez

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A mãe da menina de 12 anos que foi estuprada por cinco colegas de escola, em Sorocaba, a 107 km de São Paulo, está transtornada. A mulher de 32 anos, assim como o marido, revela que recebeu ameaças dos familiares dos adolescentes responsáveis pelo estupro - que ainda foi filmado e o vídeo postado na internet. Juntando forças para apoiar a filha, a mãe desabafou ao Terra. "Metade de mim morreu com o que houve com minha filha. A outra metade está viva apenas para tentar resolver essa situação. Está muito difícil para nossa família passar por tudo isso, não sabemos mais o que fazer."

A mãe disse que a decisão de tirar a menina da escola foi dela. "Minha filha está sofrendo bullying. Depois de tudo que ela passou, estava sendo mais humilhada", explicou. "Matriculamos ela em uma escola do outro lado da cidade, longe de tudo isso", disse.

Segundo a mãe, a menina iniciou tratamento psicológico depois do abuso sexual. "Ela quer mostrar que está bem, mas é apenas uma criança, que foi vítima de um crime. Nós queremos justiça. Queremos punições", finalizou. Como o estupro teria sido praticado por adolescentes - todos com idades entre 15 e 17 anos -, o caso é conduzido pela Delegacia da Infância e Juventude de Sorocaba.

De acordo com a Polícia Civil, o crime teria acontecido em dezembro do ano passado, mas a garota contou para a família apenas nesta semana, depois que um vídeo do estupro foi divulgado na internet. Após ter ido à delegacia com a filha e feito a denúncia contra os cinco suspeitos, o pai da vítima afirmou ter recebido ameaças. "Os pais de dois desses garotos vieram ao portão da minha casa me ameaçar, quiseram tirar satisfação, mesmo depois da atrocidade que foi feita com a minha filha", disse indignado. "Também recebi um recado, através de uma pessoa que nem conheço, que irão destruir todo meu comércio e que irão me pegar, porque fui à delegacia."

Segundo o pai da vítima, a menina contou que o estupro não aconteceu apenas uma vez - ela teria sido abusada pelos rapazes em três oportunidades. "Ameaçavam ela, que se não fizesse o que eles queriam, iriam inventar coisas sobre ela para nós. Não foi só uma vez não, foram três vezes e ela aguentou quieta e sozinha", disse. "E depois eles espalharam o filme que fizeram por todo o bairro, para todos da escola. Ela foi ofendida de cachorra e coisas muito piores pelas pessoas que assistiram a esse vídeo", completou.



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