Após homicídio, as mulheres opinam sobre relacionamentos com homens violentos

Nos últimos dias, três casos de violência contra a mulher chamaram a atenção no Rio de janeiro

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Nos últimos dias, três casos de violência contra a mulher chamaram a atenção no Rio de janeiro. Na noite de réveillon, o pedreiro Adilson Rufino da Silva, de 34 anos, agrediu a mulher Rosilene Azevedo, de 37 anos. Oito pessoas acabaram feridas por causa de uma troca de tiros entre o homem e um policial. Na madrugada do dia 1º de janeiro, Nívia Araújo sofreu traumatismo craniano após cair do terraço de casa. O seu ex-noivo, o técnico em eletrônica Leonardo Oliveira, de 25, é suspeito de ter jogado a jovem. E nesta sexta-feira, 3, a vendedora Alessandra Alcântara Isaac, de 21 anos, foi esfaqueada na porta do Shopping Tijuca, na Zona Norte do Rio. Antes de desmaiar, a vítima contou aos PMs que tratava-se de seu ex-namorado.

O EXTRA ouviu mulheres para saber como elas se sentiram sobre a explosão de casos de violência doméstica na última semana e quais as opiniões sobre relacionamentos com homens agressivos.

Confira:

?Acho que o homem sempre dá indícios, então elas têm que largar eles. As mulheres não se valorizam e acabam aceitando a relação. Eles já são agressivos, ignorantes, proibem a mulher de fazer as coisas. Na maioria das vezes, pensam que são donos delas. Dizem o que elas podem fazer, a roupa que podem usar. Não sei o que faz essas mulheres se apegarem a esses homens, pode ser carência. Acho que na maioria dos casos, as mulheres abrem um boletim de ocorrência e depois voltam para eles. Nunca passei por isso. Não deixaria um cara gritar comigo, imagina bater em mim?.

Débora Lima, de 29 anos, personal trainer

?Se acontecer a primeira vez, tem que denunciar, tomar vergonha na cara e não voltar para ele. Muitas mulheres que denunciam, voltam. Acho que o homem sempre dá sinal: é possessivo, controlador, liga muito, quer saber o tempo todo onde ela está e o que está fazendo, impede de ver a família. Ele dá sinal de que é violento. Aí tem que sair fora. No caso de ex é mais complicado. Tem que se afastar mesmo. O problema é que a polícia nem sempre toma atitude?.

Thais Azevedo, de 22 anos, atendente

?Eu acho que as mulheres não têm mais padrão, todo mundo fica com todo mundo, se relaciona com todo mundo. Acho que tem que ter cuidado e respeito desde o início da relação?.

Milena Moscoso, de 29 anos, advogada

?É um assunto delicado. Acho que a Lei Maria da Penha não funciona. Se funcionasse, não teria tantas mulheres sendo assassinadas. Às vezes, você procura uma delegacia e é mal tratada. Pelos comentários que ouço, (procurar uma delegacia) não ajuda, e as pessoas ficam com vergonha de denunciar e com medo de que os homens sejam mais agressivos. Não pode deixar acontecer a primeira vez. Se acontecer, tem que cortar a relação. Vai deixando passar e depois é tarde demais. E também não pode ser dependente do homem. Nunca aconteceu comigo. Graças a Deus meu marido é maravilhoso?.

Vânia Rodrigues, de 30 anos, vendedora



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