Após sumiço, ex-motorista de Bruno assume ter mandado assassinar primo do ex-goleiro

O depoimento de Cleiton durou mais de três horas e ele estava acompanhado de sua advogada.

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Cleiton prestou depoimento nesta terça-feira | Alisson Gontijo / O Tempo
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Após ser considerado desaparecido, Cleiton da Silva Gonçalves, ex-motorista do goleiro Bruno Fernandes, assumiu ser o mandante de um assassinato em Belo Horizonte, em Minas Gerais, em março deste ano. Ele explicou em depoimento ao Departamento de investigacao da Policia Civil que os dois atentados que sofreu nos últimos dias estão relacionados a este crime e não ao desaparecimento de Eliza Samudio. As informações são do Estado de Minas.

O depoimento de Cleiton durou mais de três horas e ele estava acompanhado de sua advogada. Ele confessou aos policiais o envolvimento na morte de Elvis Silva Camargo e afirmou que sabe quem está tentando matá-lo.

Segundo Cleiton, o suspeito seria um adolescente que está cometendo os atentados a mando de dois de seus antigos comparsas. Na época, o homicídio foi registrado por câmeras de segurança e o ex-motorista do goleiro chegou a ser preso, mas recebeu um alvará de soltura na Justiça.

Cleiton foi baleado na tarde deste domingo no bairro Liberdade, na divisa entre Contagem e Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Cleiton estava em um bar no momento do incidente. Ele foi atingido por dois tiros nas costas. Um adolescente que estava no local ficou ferido na perna.

Segundo testemunhas, um carro de cor escura que ainda não identificado, parou com dois homens que efetuaram os disparos após avistarem Cleiton no local. Os suspeitos fugiram. Amigos que estavam no local com Cleiton prestaram socorro. O homem não deu entrada em nenhum hospital da região e não foi encontrado.

A polícia acredita uma provável lista de execução dos envolvidos no caso Bruno, já que Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro e uma das testemunhas chave foi assassinado na última semana. No fim da tarde desta segunda-feira, Cleiton afirma que estava com a namorada dentro de um carro, na mesma região do primeiro atentado, quando foi alvo de tiros. O veículo em que estavam teve o vidro quebrado.

Segundo o advogado da família de Eliza Samudio, Cleiton deveria ter sido investigado no caso, mas a polícia o arrolou como testemunha.

"Existia um grupo de pessoas com histórico de problemas com a Lei, como é o caso desse rapaz, o Cleiton, que viviam em torno do Bruno. Isso só reforça nossa certeza de que ele ficará preso até o julgamento e será condenado", avaliou a advogado.

O motorista é considerado testemunha do caso e foi preso na época do desaparecimento de Eliza Samudio, já que dirigia a caminhonete que a levou até o sítio do goleiro.

As linhas iniciais da apuração da morte de Sérgio vão ser mantidas e nenhuma hipótese está descartada, incluindo a de o crime ter sido queima de arquivo. A polícia tenta apurar se, desde que saiu da prisão, há um ano, ele se envolveu em desavença que pudesse ter levado ao assassinato.

Na sexta-feira, a Polícia Militar recebeu denúncia de que grupo preso por tráfico de drogas estaria envolvido na morte, mas a hipótese também ainda está sob investigação. A polícia já teria recebido 20 denúncias com versões diferentes a respeito do assassinato.



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