Argentina trata morte de brasileira em queda de prédio como feminicídio

Emmily Rodrigues foi encontrada, na última sexta-feira (31), sem roupa, na área térrea de um edifício, na Argentina.

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A Justiça argentina investiga a morte da jovem Emmily Rodrigues, baiana de 26 anos que morreu após cair de um prédio em Buenos Aires, na Argentina, como caso de feminicídio.  O advogado da vítima confirmou à reportagem a decisão da polícia do país em levantar a tese.

Emmily Rodrigues foi encontrada, na última sexta-feira (31), sem roupa, na área térrea de um edifício, na Argentina. Segundo o Corpo de Bombeiros, ela morreu a caminho do hospital. O investigado é Francisco Sáenz Valiente, empresário de 52 anos, que foi preso no mesmo dia.

Argentina trata morte de brasileira em queda de prédio como feminicídio | Foto: Redes SociaisOs pais de Emmily estão na Argentina e acompanham os trâmites da investigação. O corpo da vítima ainda não passou por necropsia, por isso a família ainda não tem previsão de data para o sepultamento, que será realizado no Brasil. 

A defesa do investigado,  Francisco Sáenz Valiente, alega que Emmily, no dia em que ocorreu o crime, estaria sob efeito de drogas e bebidas alcoólicas, e que após um surto, ela teria se jogado da janela do edifício, como um suicídio. 

As amigas da vítima relataram à reportagem que Emmily nunca faria algo assim, e que ela consumia pouco álcool, e que além disso tinha o hábito de beber pouco e moderado quando saía com amigos. 

"Todas as amigas que conhecem ela sabem que ela não fazia isso. Essa é nossa indignação, essa imagem que estão tentando passar da menina, de coisas que ela não era. O que está deixando a gente indignada, pedindo justiça pela vida dela. Eu realmente acredito que tenha sido um assassinato. Não foi um acidente, porque Emmily amava a vida dela”, disse Joicy Claudia, amiga da vítima, ao Portal G1.

"Ela jamais tiraria a própria vida. Sempre foi preocupada com a vida, cuidava da saúde, da beleza. Então não faz sentido o que estão tentando passar. A gente só quer pedir justiça e que realmente seja investigado, porque eu acredito que seja sim um caso de feminicídio”, completa Joicy.

Argentina trata morte de brasileira em queda de prédio como feminicídio | Foto: Redes SociaisVÍNCULO COM O INVESTIGADO

As amigas de Emmily não sabiam se ela tinha algum vínculo ou não com o empresário Francisco Sáenz Valiente. Joicy apontou ainda uma contradição no depoimento da segunda mulher que estava com Emmily momentos antes da queda, identificada como Juliana Magalhães Mourão. 

Segundo relatos dos vizinhos à imprensa argentina, as festas aconteciam com frequência no apartamento de Francisco, e era comum ouvir gritos vindos de lá. Também conforme a imprensa, as mãos de Juliana estavam machucadas, o que foi apontado pela polícia como "sinais de luta".

A polícia argentina dará continuidade na investigação a fim de descobrir o real motivo da situação. A principal hipótese apresentada pela justiça do país, é que tenha sido um feminicídio.



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