Assassino de Lore usou dinheiro para levar mulher ao shopping

Robert Gama disse que gastou R$ 1.000 também para pagar contas de luz

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Pagar contas de energia, comprar tênis e sair com a mulher para passear no shopping. Foi com isso que o auxiliar de limpeza Robert Gama, um dos suspeitos de participar do assassinato da universitária Lore Santana Vaz, gastou os R$ 1.000 que diz ter recebido do ex-marido da jovem para sequestra-la e roubar o carro dela.

Em depoimento à polícia de Santo André (ABC Paulista), ele relatou que o comparsa Raimundo Bezerra o chamou apenas para roubar o carro da vítima, um Fiat Uno. Só depois de ter degolado a universitária, Bezerra revelou que os dois foram contratados pelo ex-marido de Lore para assassinar a jovem.

Gama diz que pegou o dinheiro do ?serviço? um dia após o assassinato da universitária. Ele recebeu R$ 1.000 das mãos de Raimundo.

? Tava [sic] precisando de dinheiro. Ficou acertado de eu pegar R$ 1.000. [...] Peguei [a grana] no outro dia com o Raimundo. Ai [sic] comprei um tênis, paguei algumas contas de energia elétrica e levei minha mulher para passear no shopping.

O auxiliar de limpeza disse estar muito arrependido de ter participado do assassinato da jovem e afirma que não teria aceitado a proposta de Bezerra se soubesse que o "serviço" dos dois era matar Lore.

Mas, na versão do funileiro Raimundo Bezerra, o valor que a dupla receberia no final da ação era de R$ 2.500.

? O Boy [Allan, ex-marido de Lore] pagaria R$ 2.500. Porém somente nos pagaria no dia posterior, já na quinta-feira. Este dinheiro foi dividido entre eu e Robert, ou seja, R$ 1.250 para cada um.

A diferença da quantia que os suspeitos dizem ter recebido para sequestrar e assassinar Lore não é a única contradição no depoimento dos dois. Bezerra relata que foi convidado por Gama a roubar o carro da universitária e que não sabia que o plano era assassiná-la. O auxiliar de limpeza já tinha um acordo fechado com Allan, na versão dele.

Gama contou aos investigadores que umas das facas usadas para intimidar a jovem foi fornecida por Allan. O objeto era do tipo que é usada para cortar carnes em churrasco, com lâmina de aproximadamente 30 cm. Ele disse, ainda, que a faca ficou com ele durante o sequestro e execução da jovem.

Depois de anunciarem o assalto, Gama contou que o comparsa assumiu o controle do carro, enquanto ele mantinha a vítima sob ameaça. Na versão do auxiliar de limpeza, foi Bezerra quem ?passou a faca no pescoço dela?.

? Comecei a falar pra ela ficar calma, [sic] de repente ela começou a se debater e tentou tirar a faca da minha mão. Ela segurou a faca da minha mão e tentava puxar de mim. Ai, ela arranhou o meu rosto e passou a faca no meu rosto. Falei pro Raimundo que ela estava pegando a faca e que tinha me cortado. Foi ai [sic] que o Raimundo pegou a faca do colo dele, e mesmo dirigindo o veículo, se virou, e passou a faca no pescoço dela.

Já Bezerra contou à polícia que foi Gama quem cortou o pescoço da universitária.

? [...] Ela [Lore] gritava e dizia que a estávamos machucando. Muito embora eu dizia para Robert parar com as agressões à faca [sic], nada fiz para impedi-las, segui dirigindo o veículo até a ocasião que avistei uma rua tranquila.

A faca menor, segundo o suspeito, foi retirada do trabalho dele, mas não foi usada. Os objetos foram jogados, ainda de acordo com o depoimento, antes mesmo de abandonarem a vítima na rua Andradina, em Santo André.

Inicialmente, o ex-marido e os dois comparsas confessaram ter envolvimento no assassinato da jovem, mas nenhum assumiu ter degolado Lore. Na última terça-feira (25), o advogado de Allan disse que ele confessou o crime porque foi coagido pela polícia. Os três continuam presos temporariamente.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES