Bandidos atacam viatura e menina de 11 anos é baleada

Ela foi ferida no momento em que policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) deixavam a comunidade.

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Uma menina de 11 anos foi baleada de raspão numa das pernas, na noite desta segunda-feira, quando saía da varanda de sua casa para comprar suco, no Parque Proletário, na Vila Cruzeiro, na Penha, Zona Norte do Rio. Ela foi ferida no momento em que policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) deixavam a comunidade com um jovem identificado como Matheus dos Santos, de 18 anos, - suspeito de vender drogas.

Os militares receberam uma denúncia de moradores sobre a existência de um ponto de venda de drogas na Rua 10. Com ele, a polícia encontrou 174 trouxinhas de maconha com a inscrição da facção criminosa CV (Comando Vermelho). Um outro suspeito conseguiu fugir.

Quando já estavam deixando o local para levar o detido, os policiais teriam sido atacados por traficantes da comunidade. Segundo PMs, em represália, os criminosos de cima de uma laje, efetuaram pelo menos 15 tiros. A menor, identificada como Catarina Brandão Gomes de Sena foi ferida e após ser socorrida no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, foi medicada e liberada pelos médicos. De acordo com o capitão Filipe Carvalho, comandante da UPP do Parque Proletário, na Vila Cruzeiro, os policiais não fizeram nenhum disparo sequer.

"Não digo que chegou a ser um ataque aos policiais da UPP, mas tentaram nos intimidar, ou seja, queriam desviar nossa atenção. Nenhum policial reagiu aos disparos", garantiu Filipe.

O padrasto da menina, que não quis se identificar, esteve ontem a noite na 38ªDP (Brás de Pina), onde o caso foi registrado e o rapaz foi levado, mas não quis falar com a imprensa. Ele apenas teria dito aos policiais que ficou observando de cima de sua laje a menina, que ia comprar suco, quando a mesma foi atingida.

A UPP do Parque Proletário foi inaugurada no dia 28 de agosto, junto da unidade da Vila Cruzeiro. Com as duas UPPs, foi concluído o cerco de segurança que engloba também o Conjunto de Favelas do Alemão, com oito unidades na região, que é ocupada por forças de pacificação e da polícia desde novembro de 2010. Na ocasião, o coordenador das UPPs, coronel Rogério Seabra informou o início do funcionamento do Disque-UPP (2334-7599), um telefone que será um canal de comunicação com a comunidade para denúncias, sugestões, elogios, críticas e reclamações sobre o trabalho dos policiais.

Juntas, as unidades da Vila Cruzeiro e do Parque Proletário possuem 520 homens para patrulhar mais quatro comunidades da região: Vila Proletária da Penha, Laudelino Freire, Cariri e Mira. A Vila Cruzeiro é um local emblemático, por ter ficado conhecido mundialmente pela violência, como palco do assassinato do jornalista Tim Lopes, morto em 2002.

A UPP Parque Proletário é comandada pelo capitão Filipe de Carvalho e tem um efetivo de 220 policiais. Já a de Vila Cruzeiro conta com 300 militares, sob o comando do major Felipe Romeu. Ocupado pela Força de Pacificação desde novembro de 2010 e recentemente pelos batalhões de Operações Especiais (BOPE) e Choque (BPChq), o Complexo da Penha abriga mais duas UPPs: Chatuba e Fé/Sereno, inauguradas no mês de junho. Com as novas unidades, a cidade do Rio conta com 27 Unidades de Polícia Pacificadora.



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