2° dia de julgamento terá depoimento de ex-caseiro e acareação

O primeiro depoimento de hoje será de João Batista, ex-caseiro do sítio do goleiro em Esmeraldas (MG).

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Bruno chega em segundo dia do julgamento. | Reprodução
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O júri do goleiro Bruno Fernandes e mais três réus acusados de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio foi retomado nesta terça-feira (20), no Fórum de Contagem (Grande Belo Horizonte), por volta das 9h30.

O primeiro depoimento de hoje será de João Batista, ex-caseiro do sítio do goleiro em Esmeraldas (MG), local onde a vítima teria sido mantida em cárcere privado e poderia ter sido morta, segundo a acusação.

Batista será a segunda testemunha a ser interrogada. A primeira, o ex-motorista do goleiro Cleiton Gonçalves, depôs ontem (19) e declarou que Sérgio Rosa Salles, primo de Bruno, lhe disse em 10 de junho de 2012 que ?Eliza já era?. O promotor Henry Castro afirmou que poderá pedir uma acareação entre as duas testemunhas, dependendo do que Batista disser em de depoimento.

Cleiton está retido em um hotel em Contagem desde seu depoimento. "Existe a possibilidade de nos fazermos a acareação. Cleiton e a testemunha [João Batista]. No primeiro depoimento de João Batista [primeira testemunha que será inquerida nesta terça-feira], dependendo do que ele falar, teremos de fazer uma acareação entre os dois", disse.

O promotor explicou que o depoimento de João Batista é importante porque ontem, durante o interrogatório, Cleiton relatou que durante um jogo de futebol, no sítio do jogador, em 8 de junho de 2010, o ex-motorista teria ficado sabendo da presença de Eliza Samudio no sítio.

"Durante um jogo de futebol, no sítio do goleiro, Cleiton teria se dirigido para se banhar na sede do imóvel e Bruno o impediu. Indagado sobre o motivo, Cleiton foi alertado por Bruno que Eliza se encontrava no local e que ele não deveria entrar", disse o promotor.

Castro disse ainda que, após isso, Cleiton teria alertado Bruno para que ele a liberasse e não a matasse.

"No primeiro depoimento, Cleiton disse que a confusão já estava feita e que teria feito alertas ao Bruno. O goleiro, portanto, teria de resolver aquilo. Esse primeiro depoimento teria sido tomado com algum constrangimento. Prevendo isso, arrolamos uma testemunha [João Batista] do depoimento do Cleiton para confirmar que o testemunho foi tomado sem constrangimento algum", disse.

Ontem (19), o promotor questionou Cleiton sobre o depoimento dado à Polícia Civil, no qual teria feita a afirmação. A testemunha, entretanto, não confirmou a declaração e disse que pode ter falado isso à polícia por ter sido pressionado durante o interrogatório.

Na sessão dessa segunda, Cleiton afirmou ainda que a declaração de Sérgio Rosa Salles teria ocorrido dentro do ônibus que levava o time de várzea de Bruno de Minas Gerais para o Rio de Janeiro, no dia 10 de junho. Apesar de confirmar a declaração de Sérgio, Cleiton afirmou que não procurou saber do que se tratava. ?Peguei minha cerveja e foi para parte de trás do ônibus?, disse.

Cleiton confirmou também ao promotor que o primo de bruno lhe confidenciou que os ossos de Eliza foram jogados para os cães da raça rotweiller no sítio de Bola.

Salles era réu no processo que investiga o sumiço de Eliza Samudio e também iria a júri popular, mas foi assassinado neste ano em um crime passional, segundo a investigação da Polícia Civil.

Depois de Batista e do possível interrogatório, outras testemunhas serão ouvidas. Ao todo, 25 testemunhas foram arroladas por defesa e acusação. Seis delas já foram descartadas.



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