Bruno divide ala de presídio com megatraficante

Atleta está preso com Tuchinha, que já foi chefão do morro da Mangueira

Bruno. | R7
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Acostumado a festas, onde era cercado por mulheres seja em seu condomínio de luxo no Rio de Janeiro, seja em seu sítio com piscina em Minas Gerais, o goleiro Bruno Fernandes - acusado de matar a ex-amante Eliza Samudio - vive agora uma rotina bem mais modesta no presídio de Bangu 2, na zona oeste da capital fluminense. O atleta, que já foi estrela do Flamengo, divide a área em que está isolado com seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, - também acusado de matar Eliza - e com Francisco Paula Testas Monteiro, mais conhecido como Tuchinha, criminoso condenado a 43 anos de prisão porque atuava como chefão do tráfico na Mangueira, favela da zona norte do Rio.

A área chamada de Banguzinho é composta por oito celas pequenas e por um espaço central para o banho de sol - cada um deles ocupa uma cela. No lugar, eles conseguem conversar, apesar de estarem isolados.

Bruno chegou ao Rio no último dia 26. Ele tem prisão preventiva decretada pela Justiça de Minas Gerais sob a suspeita de ter participado do sumiço e da morte de Eliza, que desapareceu em 9 de junho passado. A jovem foi morta em Vespasiano, de acordo com as investigações da polícia mineira. No Rio, o goleiro foi denunciado por agressão, sequestro e tentativa de aborto. Por isso, a dupla vai passar 30 dias em Bangu para participarem de audiências de testemunhas no Fórum de Jacarepaguá, na zona oeste.

A Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) isolou o goleiro para garantir a segurança dele. Somente outros dois presos ocupam essa ala. O atleta foi colocado nesse espaço para evitar possíveis problemas com outros detentos.

Bruno já esteve com Tuchinha antes. Assim que foi preso, no Rio, em 7 de julho, o goleiro passou a noite em uma delegacia e, no dia seguinte, foi encaminhado para Bangu. Naquela ocasião, o atleta já havia divido a ala com o traficante.

Ao menos nessa ala, os presos não usam uniformes. O traje habitual costuma ser bermuda, camiseta e chinelos.

O goleiro, assim como os demais presos dessa parte de Bangu 2, não tem direito a visitas de parentes e de amigos, somente de advogados. Para distração, os detentos tem acesso a TV e material para leitura.

Tráfico e samba

Tuchinha foi um megatraficante do morro da Mangueira nas décadas de 80 e 90. Foi condenado a 43 anos de prisão e, após cumprir mais de um terço da pena, conseguiu a liberdade condicional em 2006 por apresentar bom comportamento. Ele voltou para a comunidade na Mangueira e tentou a carreira de sambista, para mudar de vida. Chegou a ter o nome artístico de Francisco do Pagode, sem nenhuma referência ao nome conhecido do tráfico.

No entanto, Tuchinha não cumpriu o dever de preso em liberdade condicional, que era comparecer à Casa do Albergado. Ele passou a ser procurado pela polícia e, à época, chegou a dizer que fora sequestrado e extorquido por policiais corruptos. Ele fugiu para Aracaju, onde voltou a ser preso em 2008.

Recapturado, ele pediu para não ficar preso com outros detentos, pois estaria sendo ameaçado de morte por ter mudado de facção. Desde então, Tuchinha está no isolamento.



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