Bruno nega as acusações contra advogado

A audiência desta quinta é a continuidade de uma audiência do caso iniciada na semana passada,

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O goleiro Bruno, um dos reús do processo que apura o desaparecimento da ex-amante Eliza Samudio, afirmou, diante da juíza Marixa Fabiane, em audiência no Fórum de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, que não tem sofrido ameaças do advogado dele, Ércio Quaresma, e que a acusação por parte da família não procede. "Ele é como um pai para mim", disse o goleiro. Bruno foi chamado pela juíza para prestar esclarecimento quando estava na carceragem do fórum.

Em entrevista ao Fantástico, a noiva do goleiro Ingrid Oliveira acusou Ércio Quaresma de chantagear a família do jogador. As denúncias foram corroboradas pela avó dele, Estela Santana Trigueiro, 78 anos, que foi quem criou Bruno. Segundo Quaresma, as denúncias são fomentadas por um amigo de Bruno, que estaria articulando um plano para administrar o dinheiro do jogador quando ele for solto da prisão.

A audiência desta quinta é a continuidade de uma audiência do caso iniciada na semana passada, retomada na quarta-feira. Com exceção do primo de Bruno Sérgio Rosa Sales, que teve o pedido de não acompanhar a audiência deferido pela juíza, os outros oito réus estão na carceragem do Fórum de Contagem: além de Bruno, o amigo dele Luiz Henrique Romão (Macarrão); o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; Elenilson Vitor da Silva; Flávio Caetano de Araujo; Wemerson Marques de Souza, o Coxinha; Dayanne de Souza; e a amante de Bruno Fernanda de Castro.

Por volta das 9h30, depunha uma das testemunhas arroladas pela acusação - a mulher do caseiro do sítio de Bruno, em Esmeraldas (MG). Depois dela, será ouvido o policial Sirlan Versiani e, após ele, quatro testemunhas arroladas pela defesa começam a depor. São elas quatro delegados da polícia de Minas Gerais: Edson Moreira, Ana Maria Santos, Alessandra Wilke e Wagner Pinto. As outras sete testemunhas arroladas pela defesa depõem na sexta-feira, em audiência marcada para as 8h.

O caso

Eliza desapareceu no dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a agrediu para que ela tomasse remédios abortivos. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para pedir o reconhecimento da paternidade de Bruno.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estava lá. A atual mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante depoimento, um dos amigos de Bruno afirmou que havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado.

Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza seguindo denúncias anônimas, em entrevista a uma rádio no dia 6 de julho, um motorista de ônibus disse que seu sobrinho participou do crime e contou em detalhes como Eliza foi assassinada. O menor citado pelo motorista foi apreendido na casa de Bruno no Rio. Ele é primo do goleiro e, em dois depoimentos, admitiu participação no crime. Segundo a polícia, o jovem de 17 anos relatou que a ex-amante de Bruno foi levada do Rio para Minas, mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Neném, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Todos negam participação e se recusaram a prestar depoimento à polícia, decidindo falar apenas em juízo.

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno responderá como mandante e executor do crime. Além dos oito que foram presos inicialmente, a investigação apontou a participação da atual amante do goleiro, Fernanda Gomes Castro, que também foi indiciada e detida. O Ministério Público concordou com o relatório policial e ofereceu denúncia à Justiça, que aceitou e tornou réus todos os envolvidos. O jovem de 17 anos, embora tenha negado em depoimentos posteriores ter visto a morte de Eliza, foi condenado no dia 9 de agosto pela participação no crime e cumprirá medida socioeducativa de internação por prazo indeterminado.



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