Advogada de Lindemberg pede que jurados condenem seu cliente por homicídio culposo

A defensora iniciou sua fala pedindo para que os sete jurados vissem Lindemberg como um parente

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Advogada de Lindemberg, Ana Lúcia Assad, | Terra
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Duas horas após a promotora Daniela Hashimoto expor suas argumentações na fase final do julgamento de Lindemberg Alves Fernandes, - acusado de matar a ex-namorado Eloá Pimentel, após mantê-la em cárcere privado por 101 horas - iniciou, por volta das 12h desta quinta-feira, a exposição da advogada de defesa do acusado. Ana Lúcia Assad pediu aos jurados que condenassem Lindemberg por homicídio culposo - quando não há intenção de matar. "Ele não desejou o resultado", disse.

"Peço que os senhores condenem o Lindemberg pelo homicídio culposo, pois ele não desejou o resultado. Ele sofre pela morte dela", disse a defensora.

A defensora iniciou sua fala pedindo para que os sete jurados vissem Lindemberg como um parente, já que "ele não é um bandido". "Não vou pedir a absolvição dele. Ele errou, tomou as decisões erradas e deve pagar por isso." Ana Lúcia pediu que a condenação de Lindemberg fosse na "medida do que ele efetivamente fez".

A advogada garantiu que Lindemberg não tentou matar Nayara Rodrigues da Silva, amiga de Eloá que também foi mantida refém e foi ferida por uma bala. Ana Lúcia disse ainda que a jovem voltou ao apartamento, depois de já ter sido liberada pelo acusado, "porque quis". "Não podemos dar essa conta toda para o Lindemberg pagar. Isso não é justiça."

O mais longo cárcere de SP

A estudante Eloá Pimentel, 15 anos, morreu em 18 de outubro de 2008, um dia após ser baleada na cabeça e na virilha dentro de seu apartamento, em Santo André, na Grande São Paulo. Os tiros foram disparados quando policiais invadiam o imóvel para tentar libertar a jovem, que passou 101 horas refém do ex-namorado Lindemberg Alves Fernandes. Foi o mais longo caso de cárcere privado no Estado de São Paulo.

Armado e inconformado com o fim do relacionamento, Lindemberg invadiu o local no dia 13 de outubro, rendendo Eloá e três colegas - Nayara Rodrigues da Silva, Victor Lopes de Campos e Iago Vieira de Oliveira. Os dois adolescentes logo foram libertados pelo acusado. Nayara, por sua vez, chegou a deixar o cativeiro no dia 14, mas retornou ao imóvel dois dias depois para tentar negociar com Lindemberg. Entretanto, ao se aproximar do ex-namorado de sua amiga, Nayara foi rendida e voltou a ser feita refém.

Mesmo com o aparente cansaço de Lindemberg, indicando uma possível rendição, no final da tarde no dia 17 a polícia invadiu o apartamento, supostamente após ouvir um disparo no interior do imóvel. Antes de ser dominado, segundo a polícia, Lindemberg teve tempo de atirar contra as reféns, matando Eloá e ferindo Nayara no rosto. A Justiça decidiu levá-lo a júri popular.



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