Caso Eloá: Depoimento de Lindemberg é previsto neste terceiro dia de julgamento

Réu nunca falou sobre o crime desde que foi preso.

Lindemberg será julgado por 12 crimes | AE
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Lindemberg Alves, acusado de matar a ex-namorada Eloá Pimentel, poderá depor durante esta quarta-feira (15), terceiro dia de julgamento do caso, no Fórum de Santo André, no ABC. Os trabalhos do Tribunal do Júri estão previstos para serem retomados às 9h.

O réu nunca se pronunciou sobre o crime desde que foi preso, em outubro de 2008. Na terça-feira (14), o júri foi marcado pelo bate-boca entre a advogada do réu, Ana Lúcia Assad, e a juíza Milena Dias.

Durante o depoimento da perita criminal Dairse Aparecida Pereira Lopes, a defensora Assad reclamou de um ponto técnico, afirmando que havia um número errado no processo.

A juíza disse que não cabia à defesa fazer tal questionamento no momento. Indignada, a advogada disse que queria apenas a "verdade". A juíza voltou a dizer que ela ia ter a oportunidade de falar isso nos debates e que esse não era o "conceito".

Foi, então, que a advogada disse: "Você precisa voltar a estudar". A promotora Daniela Hashimoto saiu em defesa da juíza e disse para ela "tomar cuidado", que estava desacatando e ameaçou processá-la. A juíza, no entanto, determinou que o julgamento proseguisse.

Mais cedo, durante a manhã, a advogada pediu que a mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel, não fosse ouvida durante o julgamento. Na segunda (13), a própria defensora havia arrolado a Ana Cristina e o irmão caçula da vítima, Everton Douglas, de 17 anos, como testemunhas. Ana Lúcia ameaçou abandonar o júri caso Ana Cristina Pimentel fosse ouvida.

"Não concordo que essa testemunha seja ouvida. Eu quero dispensá-la”, disse, sem apresentar motivo. A juíza ponderou ser necessária a concordância da acusação. A promotora do caso, Daniela Hashimoto, discordou. Em seguida, a advogada de Lindemberg ameaçou. "Eu vou abandonar o júri. Eu vou embora”, disse, elevando o tom de voz.

A acusação acabou aceitando a dispensa de Ana Cristina. No fim da noite, Assad voltou a reclamar -mas desta vez da imprensa. "Vocês publicam coisas que eu não falei. Sai na imprensa e sou hostilizada", afirmou.

A advogada também negou ter discutido com a mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel, como, segundo ela, alguns órgãos de imprensa publicaram. A advogada disse que está saindo escoltada do fórum por medo de agressões.

Ela pediu para que fosse registrado em ata que estava sendo hostilizada e ameaçada e chegou a mostrar um colete à prova de balas para o plenário do júri.

A advogada disse que teme ser agredida. Ao sair do fórum, por volta das 23h45, pela porta dos fundos, ela teve seu carro escoltado por policiais militares. Ela não falou com a imprensa.

Irmãos de Eloá

No início deste segundo dia de julgamento, Ronickson Pimentel dos Santos, irmão mais velho de Eloá, definiu Lindemberg Alves como "louco", "vingativo" e "extremamente agressivo". Nas palavras de Ronickson, o réu é um "monstro".

O jovem foi o primeiro a ser interrogado nesta manhã, segundo dia de julgamento. O irmão caçula de Eloá, Everton Douglas, disse em seu depoimento que Lindemberg ameaçava matar todos caso a polícia invadisse o apartamento onde o crime ocorreu.

“O Lindemberg falou que se relassem na porta e tentassem entrar ele atirava em todo mundo”, disse o adolescente de 15 anos.

Jornalistas

Arrolados pela defesa, os jornalistas Rodrigo Hidalgo e Márcio Campos disseram que nos contatos feitos entre a polícia e o acusado ele não apresentou exigências e se mostrou disposto a matar Eloá.

Questionados sobre uma influência da imprensa do desfecho, ambos afirmaram ainda que em nenhum momento jornalistas fizeram qualquer tipo de provocação nem incitaram Lindemberg a cometer um ato violento.



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