Caso Friboi: Mulher é condenada a 22 anos de prisão por morte do ex; veja

Mesmo condenada, ela saiu do Fórum pela porta da frente por decisão do STF

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Quase cinco anos depois do crime, Giselma Carmem Campos Magalhães foi condenada por júri popular por ter mandado matar o ex-marido e diretor-executivo da Friboi Humberto Magalhães. A pena será de 22 anos e 6 meses de prisão por homicídio duplamente qualificado, motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. Os familiares de Humberto que estavam no plenário se abraçaram no momento da sentença.

O empresário foi executado com dois tiros por um motoqueiro perto de sua casa, no bairro Vila Leopoldina, no dia 4 de dezembro de 2008.

Mesmo condenada, Giselma não saiu presa do Fórum Criminal da Barra Funda. Um habeas corpus obtido no Supremo Tribunal Federal permite que ela permaneça livre até o último recurso. Já o seu meio-irmão, Kairon Vaufer Alves, réu-confesso por ter ajudado a irmã no planejamento do crime, foi condenado a 21 anos. A pena dele foi atenuada porque Kairon estava preso preventivamente desde o final de 2008 no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros.

A mãe de Humberto, Maria Ilda Magalhães, declarou que a justiça foi feita. "Se ela tivesse saído daqui algemada era melhor", disse. O filho mais novo do casal, Carlos Eduardo Campos Magalhães, que testemunhou contra a mãe, considera que a pena foi branda. "Achei que ela merecia uma pena maior em vista do que fez com meu pai", afirmou.

Julgamento. O promotor José Carlos Consenzo usou a confissão de Kairon como evidência da participação de Giselma no assassinato. O meio-irmão disse que ela o procurou no Maranhão pedindo ajuda para matar o ex-marido porque tinha muito ciúmes das mulheres com quem ele se envolvia e não aceitava que Humberto a abandonasse depois de 20 anos de casamento. Segundo o promotor, ela também teria motivos financeiros para matar o ex-marido.

Por sua vez, a Defesa de Giselma insistiu na dúvida, que beneficiaria a ré, afirmando que não haviam provas concretas da participação dela no crime. "Ela nunca confessou", afirmou o advogado Mauro Nacif. A advogada de Kairon, Vitória Gonçalves de Lacerda, ressaltou a postura arrependida de seu cliente e pediu atenuante da pena por esse motivo.

O julgamento no Fórum Criminal da Barra Funda durou quatro dias. Cinco testemunhas de acusação e duas de defesa foram ouvidas. Além do depoimento de Carlos Eduardo, o filho mais velho de Giselma e Humberto, Marcus Vinícius Campos Magalhães, testemunhou a favor da mãe.

Entenda. Giselma planejou a morte do ex-marido junto com seu irmão por parte de mãe, Kairon Vaufer Alves. Kairon, mediante pagamento, contratou dois homens para tirar a vida de Humberto e, na noite de 4 de dezembro de 2008, o empresário foi executado com dois tiros perto de sua casa, no bairro Vila Leopoldina. O motoqueiro Paulo dos Santos e o seu contratante Osmar Gonzaga Lima já foram julgados e condenados a 20 anos de prisão cada um. Giselma chegou a ficar presa por um ano e cinco meses antes de obter uma liminar do STF.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES