Caso Rafael Mascarenhas: Policiais militares são indiciados por falsidade e descumprir missão

Serão indiciados pelos crimes de corrupção passiva, descumprimento de missão e falsidade ideológica

Morte do filho de Cissa | Divulgação
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O corregedor-geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Ronaldo Menezes, afirmou nesta terça-feira que o cabo Marcelo Bigon e o sargento Marcelo Leal serão indiciados pelos crimes de corrupção passiva, descumprimento de missão e falsidade ideológica. Os policiais foram responsáveis pela abordagem e liberação de Rafael Bussamra, 26 anos, motorista que confessou ter atropelado Rafael Mascarenhas. O músico de 18 anos, filho da atriz Cissa Guimarães, morreu no acidente, no dia 20 de julho.

O corregedor disse que o Inquérito Policial Militar não identificou exigência de propina por parte dos policiais. A investigação, segundo Menezes, concluiu que houve corrupção passiva por parte dos policiais, que aceitaram dinheiro oferecido por Roberto Bussamra, pai do condutor, três dias após o acidente. Já Roberto alegou, em depoimento na 15ª Delegacia de Polícia Civil, que os policiais o teriam coagido a fazer o pagamento.

"Em momento nenhum do inquérito, nenhum depoimento foi taxativo. Ele (Roberto Mascarenhas) diz que sentiu uma sensação de ameaça. Ele não diz o que foi essa ameaça. Ele estaria sob ameaça naquele momento. Por que apresentou denúncia somente três dias depois?", questionou o corregedor.

De acordo com a investigação interna da PM, foi o pai do motorista, Roberto Bussamra, quem teria oferecido R$ 10 mil reais aos policiais para que liberassem o filho. As conclusões apontam, também, que os policiais teriam colocado informações falsas no boletim reservado da Polícia Militar. Eles teriam indicado horário e local diferentes de onde a abordagem teriam ocorrido.

Segundo a corregedoria, se condenados, os policiais podem pegar pena de dois anos e oito meses a 15 anos de prisão. Já Roberto Bussamra pode ser condenado a dois a 12 anos. Os policiais, que estão presos na Unidade Prisional, em Benfica, ainda respondem por processo interno e podem ser expulsos da instituição.



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