Caso Tayná: Justiça revoga prisão de policiais presos acusados de tortura

A juíza Aline Passos determinou R$ 10 mil de fiança para cada militar deixar o presídio.

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A Justiça do Paraná revogou a prisão dos 21 policiais presos acusados de torturar quatro suspeitos de matar a adolescente Tayná da Silva, de 14 anos, em Colombo (PR). A juíza Aline Passos determinou R$ 10 mil de fiança para cada militar deixar o presídio. O advogado de defesa dos réus recorreu da decisão alegando que o valor é alto.

O Ministério Público denunciou à Justiça 21 pessoas: uma por falso testemunho; uma por lesão corporal de natureza grave e abuso de autoridade, e 19 por tortura ? duas delas foram acusadas por crime de natureza sexual. Entre os 21 denunciados, estão 16 policiais civis, um policial militar, dois guardas municipais e dois presos ?de confiança?.

Além da fiança, a juíza ainda determinou que os réus compareçam ao fórum a cada dois meses e que não se ausentem da cidade por mais de oito dias sem autorização judicial. A magistrada também proibiu os acusados de se aproximarem das vítimas ? colocadas no programa de proteção à testemunha ? ou de qualquer pessoa ligada à elas. Os servidores públicos envolvidos no caso terão que ser suspensos de suas funções, segundo a decisão.

Durante as investigações, 61 testemunhas fora ouvidas. As investigações sobre a morte de Tayná tiveram grandes reviravoltas. Quatro homens foram presos suspeitos da morte, mas disseram que só confessaram o crime porque foram torturados. Eles relataram que levaram choques, chutes e foram obrigados a fazer sexo entre si na frente e a pedido de um militar.

Um exame comprovou que o sêmen achado no corpo dela não pertencia a nenhum dos envolvidos e o resultado vazou. Os suspeitos foram soltos a pedido do Ministério Público. Além das denúncias de tortura, a polícia ainda investiga quem matou a jovem, achada no dia 27 de junho.

Audiências de instrução

As audiências de instrução do caso foram marcadas para começar no dia 5 de maio de 2014. Elas deverão ocorrer em dez dias, levando em conta grande número de testemunhas arroladas.



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