Coronel é morto e garota de programa assume a identidade dele por 4 meses

Para que ninguém sentisse falta de Roberto Perdiza, a mulher mandava mensagens para a família e amigos do celular do coronel

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Uma garota de programa é suspeita de assassinar o coronel aposentado Roberto Antônio Perdiza, da Força Aérea Brasileira (FAB). Durante quatro meses, a suspeita teria assumido a identidade da vítima, se passando por ele em mensagens enviadas a parentes e amigos da vítima, como forma de acobertar o crime. O caso aconteceu em agosto do ano passado, em Natal (RN), e foi investigado pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PC-RN).

 Do celular da vítima, a mulher mandava mensagens para família e amigos para que ninguém sentisse falta do coronel. Até que - por um descuido - toda a farsa foi revelada.

Coronel é morto e garota de programa assume a identidade dele por 4 meses

Resumo da reportagem:

  • Quem era o Coronel Roberto Perdiza e como era a vida dele em Natal;
  • As últimas imagens dele, em agosto de 2022;
  • O que fizeram o zelador do prédio de Roberto e um amigo, os primeiros que sentiram falta do coronel após alguns dias de ausência;
  • Quem é Jerusa, garota de programa que o coronel conheceu em uma casa noturna há três anos e que estava morando com ele;
  • Parentes e amigos continuavam recebendo mensagens de alguém que se passava pelo coronel;
  • Os detalhes de como o desaparecimento do coronel foi desvendado;
  • Delegado afirma que alvo era o patrimônio da vítima.
  • Jerusa e o comparsa dela estão presos. Eles vão responder por latrocínio e podem pegar 30 anos de cadeia. A defesa deles não quis comentar o caso.

A suspeita teria contratado um matador de aluguel, identificado pela PC como José Rodrigues. O assassino teria se passado por motorista de aluguel, num plano elaborado com Jerusa, e pego o casal na saída do estabelecimento, no dia 30/8 do ano passado. O corpo foi encontrado três meses depois, num terreno localizado fora de Natal. Jerusa e José foram presos, acusados de latrocínio, pois a polícia afirma que a morte ocorreu para que a garota de programa vendesse o apartamento de Perdiza e ficasse com o dinheiro.

Como ocorreu

As últimas imagens de Perdiza mostram o coronel deixando seu apartamento, localizado no bairro Ponta Negra, em agosto último, para encontrar Jerusa. Após uma semana, o porteiro do edifício estranhou a ausência do morador, de quem era próximo, e telefonou para seus parentes, que vivem em São Paulo. No dia 7/9 do ano passado, os familiares do militar aposentado afirmaram que estavam recebendo imagens e mensagens dele, inclusive com fotos suas na piscina do condomínio.

Últimas imagens de Perdiza mostram o coronel deixando seu apartamento

Milton, um advogado e amigo de Perdiza, também estranhou a sua ausência e telefonou. Quem atendeu a ligação, porém, foi Jerusa. “Liguei após três dias tentando. Sabia que uma namorada estava morando com ele”, disse o colega do militar aposentado. Ela afirmou que o ex-coronel ligaria para ele em breve. “Como ela não tinha família em Natal, ele ofereceu o apartamento como moradia”, completa o jurista, que abriu um Boletim de Ocorrência.

À polícia, Jerusa negou morar com Perdiza e disse que também estava começando a ficar preocupada, a despeito de afirmar conversar com ele por vídeo-chamada. Enquanto isso, os parentes continuavam recebendo mensagens e fotos enviadas do celular do ex-militar. Os agentes da PC notaram que a garota de programa estava retirando dinheiro da conta do companheiro e que, também, estava tentando vender seu imóvel.

Áudio

Conforme a investigação, a prostituta chegou a enviar um áudio do celular do coronel para Milton, que posteriormente percebeu que tratava-se de um recorte de uma outra gravação enviada pelo amigo, meses antes. Em seguida, Jerusa mudou a postura, segundo a Polícia Civil. A garota de programa, sob a identidade do ex-coronel, passou a enviar mensagens como “me deixem em paz” e “estou no Rio de Janeiro“. Ao delegado do caso, ela afirmou que falou com Roberto por vídeo-chamada, quando ele teria confirmado a estadia em terras fluminenses.

  A suspeita enviava mensagens e imagens para parentes e amigos da vítima

Pouco depois, um corpo foi identificado sem a cabeça e sem as mãos num terreno em Macaíba, cidade vizinha a Natal. A perícia, porém, confirmou que tratava-se dos restos de Perdiza. Após análise das imagens do prédio, constatou-se que quando ele deixou sua casa no dia 30/8, ele foi encontrar Jerusa num bar próximo. De lá, a polícia aponta que eles seguiram para um motel e, na volta, o assassino de aluguel contratado pela garota de programa se passou por motorista de aplicativo e assassinou o ex-militar.

Os restos mortais de Perdiza foram levados ao interior de São Paulo por um avião da Força Aérea Brasileira. Ao Fantástico, as defesas de Jerusa e de José Rodrigues negaram todas as acusações.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES