Corpo de perito morto por militares da Marinha é encontrado no Rio Guandu

Agente da Polícia Civil Renato Couto foi morto, na última sexta-feira, em ferro-velho de um dos suspeitos pelo homicídio. Cadáver foi localizado na manhã desta segunda-feira

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corpo | reprodução
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Militares do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar encontraram, no terceiro dia de buscas, um corpo no Rio Guandu, em Japeri, na Baixada Fluminense, que é do perito papiloscopista Renato Couto, de 41 anos, segundo a família do policial. 

Perito Renato Couto, de 41 anos, foi capturado em viatura da Marinha - Foto: Arquivo Pessoal

Os bombeiros confirmaram que o cadáver foi localizado por volta das 8h desta segunda-feira (16) em uma das margens, preso à vegetação. De acordo com as investigações, Renato foi sequestrado e morto por três militares da Marinha depois de uma discussão sobre materiais levados para um ferro-velho, na última sexta-feira (13), na Praça da Bandeira, na Zona Norte da cidade. Um cabo, dois sargentos e o pai de um deles foram presos pelo crime.

O corpo encontrado nesta manhã está numa das margens, a 500 metros da ponte. Cerca de 30 agentes dos Bombeiros atuaram nas buscas.

Bombeiros resgataram corpo no Rio Ghandu - Foto: Reprodução

Após o reconhecimento, uma equipe da 18ª DP (Praça da Bandeira) chegou ao local e deu apoio aos familiares e à mulher da vítima. Em seguida, peritos do Instituto Félix Pacheco também chegaram.  O corpo foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML) do Centro.

 Parentes da vítima, após reconhecerem o corpo, fizeram uma oração.  A família destacou que Renato fez vários registros de ocorrência contra Lourival. Eles contam que, quando foi morto, o policial tinha no bolso da calça uma nota fiscal do material roubado.

Renato é o mais velho de cinco irmãos. Ele deixa duas filhas, uma de 4 anos e outra de 8.

O que chamou a atenção foi a marca de uma freada em cima do viaduto e gotas de sangue que percorrem até o local onde o policial foi jogado. Em ao menos 30 metros é possível ver a trajetória feita pelos criminosos. Segundo os investigadores, os envolvidos carregaram Renato, que sangrava por conta dos ferimentos, até o jogarem da ponte.

No domingo, a procura pelo corpo também foi feita pelo ar. Um helicóptero da polícia sobrevoou o Rio Guandu, onde supostamente o cadáver de Renato foi jogado pelos militares da Marinha.

Viatura do bombeiros levou corpo para o IML do Centro - Foto: Agência O Globo

O primeiro-sargento Bruno Santos de Lima — preso com o pai, o empresário Lourival Ferreira de Lima, e os também militares do 1º Distrito Naval Manoel Vitor Silva Soares e Daris Fidelis Motta por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver do perito papiloscopista Renato Couto — afirmou que o grupo “não combinou nada específico” sobre onde colocar o corpo. Em depoimento prestado na 18ª DP (Praça da Bandeira), Bruno relatou que, somente após deixarem a Avenida Radial Oeste, onde deu tiros e colocou o policial civil dentro de uma viatura da Marinha, e estarem “em via pública”, no sentido Baixada Fluminense, “avistou um grande rio”, o Guandu, em que sugeriu que a vítima fosse deixada, não sabendo precisar se ela apresentava sinais vitais quando foi arremessada por cima da mureta do viaduto.




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