Corpo de policial militar desaparecida é achado em matagal

A delegada Daniela de Oliveira Mineto, que investiga o desaparecimento da policial militar gaúcha Luana Lemes, 23 anos, não tem dúvidas de que ela se suicidou. Na noite da última terça-feira, o corpo da PM foi encontrado em um matagal próximo à rodovia Fontoura Xavier-Porto Alegre (BR-386) em avançado estado de decomposição. Luane tinha sido vista pela última vez em 19 de setembro, ao embarcar em um ônibus em Passo Fundo.

"Não tenho dúvidas de que foi suicídio por tudo o que nós tínhamos investigado até então e pelas circunstâncias em que o corpo foi achado. Ela tinha as mesmas vestes do dia em que desapareceu e junto ao corpo estava a arma dela com apenas um cartucho deflagrado. Além disso, Luane tinha todos os seus pertences pessoais e estava com os braços e pernas livres, o que demonstra que ela caminhou até o local e não foi levada", disse Daniela Mineto.

Conforme a delegada, Luane resolveu tirar a própria vida com um tiro na cabeça depois de ter rompido o namoro com um vigilante de 26 anos, também morador de Passo Fundo. "Desde o primeiro momento, verifica-se a passionalidade dela com o ex-namorado e com o rompimento deste namoro. As mensagens que ela deixou para ele na véspera do fato eram absolutamente indicativas de que ela iria fazer alguma coisa para que ele se sentisse culpado e levasse o peso disso para sempre", salientou Daniela.

O homem já prestou dois depoimentos à polícia e não deve mais ser intimado a depor. O corpo da PM foi levado para o Departamento Médico Legal (DML) de Soledade, município próximo a Passo Fundo. O resultado da necropsia deve ser divulgado por volta das 10h de hoje.

Mensagens de despedida

Uma perícia feita pela Polícia Civil no computador de Luane Lemes revelou que ela procurou mensagens prontas de despedida no dia em que desapareceu. Foram ao menos 31 cliques durante a navegação e buscas por textos destinados a irmãos. Segundo a polícia, ela apagou seu perfil numa rede social na manhã de 19 de setembro.