Suspeitas de arrancar coração de amiga riem em depoimento

Elas confessaram e contaram todos os detalhes

assassinato de Fabiola está ligado ao tráfico de drogas | Divulgação
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A Polícia Civil em São Joaquim de Bicas, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), investiga se houve envolvimento de traficantes na morte da adolescente Fabíola Santos Correa, 12 anos, cujo corpo foi encontrado por um lavrador no último dia 7 de junho, dez dias depois do assassinato, sem um dos dedos do pé esquerdo e sem o coração. As principais suspeitas, que já confessaram o crime, são duas meninas de 13 anos, amigas de infância da vítima.

De acordo com o delegado do município, Enrique Solla, durante o depoimento nenhuma das adolescentes demonstrou arrependimento. Segundo ele, elas riam bastante, como se não tivessem noção da ação que cometeram.

"Elas confessaram e contaram todos os detalhes. Elas atraíram a Fabíola para a mata do Japonês com o pretexto de que iriam assistir a um jogo de futebol dos namorados, que são rapazes suspeitos de tráfico de drogas. No caminho levaram uma faca e uma barra de ferro. Contaram que a Fabíola chegou a perguntar o que elas iriam fazer com essa barra, elas responderam que iriam dar um susto nela", disse Solla.

As adolescentes alegaram que o motivo do assassinato foi medo de que a vítima contasse detalhes da rotina delas para traficantes de facção rival do grupo ao qual pertencem. No depoimento, elas afirmaram estar sendo ameaçadas de morte, e por receio que Fabíola viesse a revelar detalhes, a mataram.

"Depois de golpear várias vezes com a barra de ferro e a faca a jovem, as meninas cortaram um dos dedos do pé esquerdo e arrancaram o coração da Fabíola. Elas disseram que a intenção era provar para as mães delas "olha mãe, a gente está sendo ameaçada, tivemos até que matar um deles", relatou o delegado. Porém, a polícia não descarta a possibilidade de que as partes do corpo da vítima poderiam ser, na verdade, provas para um mandante. "Ainda não temos elementos para confirmar essa segunda opção", acrescentou Solla.

Porém, as partes do corpo não chegaram a ser entregues às mães: "Elas levaram para casa, enrolados em folhas de caderno; estavam com objetos e roupas de escola; e disseram que se arrependeram de ter levado. Por isso entregaram para um irmão de 8 anos de uma delas. Para ele contaram que o coração era de porco e o dedo de brinquedo. O menino enterrou, mas no outro dia as meninas foram lá e desenterraram. Depois jogaram no Rio Paraopeba", contou Solla, explicando que o rio fica próximo à casa das suspeitas. A polícia já encontrou a barra de ferro usada no crime, mas continuam em busca da faca.

As duas jovens foram apreendidas depois que a polícia investigou os últimos passos da vítima e estão internadas provisoriamente em um abrigo de menores de Belo Horizonte. Segundo testemunhas, a última vez que Fabíola foi vista estava na companhia das autoras, perto da mata onde seu cadáver foi encontrado.

Segundo o delegado, o depoimento, dado na presença das mães das adolescentes, apresentou "detalhes desse crime chocante". "



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