Defesa diz que pode avaliar envio de tropas ao Rio se estado pedir

O Ministério da Justiça não fez avaliação da operação policial nesta quinta (25) no Rio

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O Ministério da Defesa informou nesta quinta-feira (25) que, "em tese", pode avaliar um eventual pedido de tropas para ajudar a polícia do Rio de Janeiro a enfrentar a onda de violência na capital fluminense. De acordo com o ministério, até o momento, nenhum pedido foi feito.

Segundo a assessoria do Ministério da Defesa, o apoio fornecido ao estado até o momento se restringiu ao envio de carros de combate e de militares que pilotam os veículos. Nenhum militar foi designado para ajudar em combate direto a criminosos.

Nesta quarta-feira, o governador Sérgio Cabral pediu ao ministério ? e foi atendido ? apoio logístico da Marinha nas ações contra grupos criminosos que, desde domingo, promovem arrastões, ataques a forças de segurança e incêndios em veículos.

O Ministério da Justiça não fez avaliação da operação policial nesta quinta (25) no Rio, mas informou, por meio da assessoria, que está buscando atender todas as solicitações do governo fluminense. O ministério já ofereceu 50 vagas em presídios federais para presos do Rio. O ministro Luiz Paulo Barreto disse nesta quarta (24) que colocou à disposição do governo estadual as tropas da Força Nacional de Segurança.

De acordo com o governo do estado, os ataques são uma reação à política de implantação de Unidades de Polícias Pacificadoras (UPPs), na qual a polícia ocupa áreas antes dominadas por criminosos.

O uso de veículos blindados da Marinha em operações de combate ao crime organizado no Rio de Janeiro é inédito, segundo o comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Paulo Henrique Moraes. "É a primeira vez que ao Bope utiliza este tipo de força em uma operação no Rio", afirmou.

Ação

A polícia do Rio entrou nesta quinta-feira na Vila Cruzeiro, no bairro da Penha, para prender criminosos que, segundo serviços de inteligência, saíram de comunidades ocupadas pelas UPPs. Após o início da ação, vários homens deixaram a favela com destino ao Complexo do Alemão (veja vídeo ao lado).

A operação da polícia é liderada pelo Bope e usa ao menos 350 homens (200 da Polícia Civil e 150 do Bope), com o apoio da Marinha, que cedeu nove blindados.

O cerco a criminosos na Vila Cruzeiro, na Penha, faz com que moradores e trabalhadores das proximidades do conjunto de favelas evitasse voltar para casa. O servente José Pereira, de 33 anos, foi atingido no tornozelo durante a operação. ?Fico muito triste com essa situação. Meus filhos já não vão à escola há dois dias?, disse.

A megaoperação na Vila Cruzeiro teve um caveirão com pneu furado e dois blindados da Marinha avariados ?um deles, atigindo por tiros, saiu de combate.

Pelo menos 115 ônibus estão sem circular na região da comunidade Vila Cruzeiro por conta da megaoperação. Segundo a Federação de Empresas de Ônibus do Rio (Fetranspor), a viação Nossa Senhora de Lourdes está com quase todos seus coletivos dentro da garagem, que fica próxima à favela.



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