Defesa pede adiamento de depoimentos dos acusados do caso Eliza

Ele alega que o inquérito policial ainda não foi concluído, apesar de o caso já estar em fase de instrução

Ércio Quaresma é advogado do goleiro Bruno | Futura Press
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O advogado Ércio Quaresma, que defende o goleiro Bruno de Souza, pediu nesta sexta-feira o adiamento do depoimento dos acusados pelo desaparecimento e morte da estudante Eliza Samudio, previsto para ocorrer na próxima semana. O pedido e outras 18 petições serão analisados pela juíza Marixa Fabiane Lopes, do Tribunal do Júri de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), que deve se pronunciar sobre o assunto até as 14h de hoje.

No documento entregue à juíza na manhã desta sexta-feira, Quaresma alega que o inquérito policial ainda não foi concluído, apesar de o caso já estar em fase de instrução na Justiça, já que a polícia segue realizando buscas à procura do corpo da estudante. Na quarta e na quinta-feira, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil fizeram buscas no parque Lago do Nado, em Belo Horizonte, onde foi encontrada uma blusa feminina e objetos pessoais, que serão periciados.

Ainda de acordo com Quaresma, os advogados de defesa não tiveram acessos a filmagens e outras peças produzidas pela polícia que foram divulgadas recentemente por alguns veículos de comunicação. Entre os exemplos, o advogado cita um vídeo exibido pelo Fantástico, em que Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, participa de uma reconstituição dentro da casa do sítio do jogador. Segundo Quaresma, a reconstituição não consta no processo.

Outra peça que não estaria no processo é uma gravação feita por um policial civil dentro do avião que levou Bruno do Rio de Janeiro a Minas Gerais. A divulgação do vídeo culminou, no dia 19 de julho, com o afastamento das delegadas Ana Maria Santos e Alessandra Wilke, que comandavam as investigações na época.

Audiência

A entrega das petições interrompeu a audiência de uma das testemunhas do caso, prevista para ocorrer na manhã desta sexta-feira. A juíza deve ouvir a partir das 14h um policial que trabalhava na Delegacia de Homicídios de Contagem, que foi a primeira pessoa a receber a denúncia do desaparecimento de Eliza.

Durante a audiência, o advogado Wiler Vidigal, que defende Sérgio Rosa Sales, comunicou à juíza que pretende deixar o caso. Segundo Vidigal, a decisão foi motivada por lealdade ao colega Marco Antonio Siqueira, que defendia o primo de Bruno até a última quarta-feira, quando seu cliente acusou o delegado Édson Moreira de forçá-lo a aceitar sua defesa. Vidigal tem um prazo de dez dias para apresentar seu substituto.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES