Delegado diz que mulher confessou ter matado criança

Elizabeth Fernandes dos Santos está presa no presídio feminino da cidade de Santos

Elizabeth é acusada de matar a jovem Ana Beatriz de Souza | G1
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O delegado do 1º DP de Praia Grande Luiz Evandro Medeiros, responsável pelo caso da morte da jovem Ana Beatriz de Souza, disse na manhã desta terça-feira (11) que Elizabeth Fernandes dos Santos confessou ter matado a menina.

No início de agosto, quando o caso foi revelado à imprensa, a ex-mulher da suspeita afirmou ao delegado que ela era uma boxeadora. Entretanto, o delegado Medeiros corrigiu a afirmação nesta terça-feira, por telefone, e informou que ela não é boxeadora.

Elizabeth Fernandes dos Santos está presa no presídio feminino da cidade de Santos, no litoral de São Paulo, e foi levada para o 1º Distrito Policial de Praia Grande para prestar depoimento. Ela apareceu de cabelos mais curtos e pretos, diferente das fotos divulgadas pela polícia, em que aparece loira.

O delegado Medeiros disse também que a suspeita mudou sua versão dos fatos quando chegou na delegacia de Praia Grande e confessou o crime. "Ela realmente naquela noite pulou em cima da adolescente, a retirou do sofá, jogou no chão, espancou, e em seguida esganou-a até a morte", conta ele. Elizabeth teria dito que o motivo do crime foi passional, já que tinha um amor incontrolável por Ana Luiza, mãe da menina, e que a criança atrapalhava a relação das duas, além de insinuar que Ana Luiza traia Elizabeth. A suspeita também disse que o José Bento de Souza, ex-marido da mãe da criança, teria auxiliado as duas a se livrarem do corpo e das provas do crime.

Segundo o delegado, a suspeita não deu detalhes se a mãe tentou ou não impedir o assassinato da própria filha. Para ele, alguns detalhes do caso ainda serão esclarecidos nesta tarde, quando Elizabeth dará seu depoimento oficial. Até agora, nenhum dos três envolvidos respondeu como a criança foi esganada, não gritou e não pediu socorro. Por isso, a tese do delegado é que José Bento de Souza colaborou com o crime tampando a boca ou os olhos da criança.

Ainda de acordo com Medeiros, Elizabeth autorizou ceder sangue para ser comparado com o DNA do cabelo encontrado nas mãos de Ana Beatriz. Depois de tirar sangue, Elizabeth voltará para a cadeia feminina de Santos, onde aguardará o dia em que haverá uma reconstituição do crime.

No entanto, em entrevista à imprensa, na saída do presídio, antes de falar com o delegado, Eizabeth negou o envolvimento com o caso e disse que estava sendo ameaçada a todo o momento por José Bento de Souza, ex-marido da mãe da menina. ?Ele disse que era pra eu fugir, me deu dois socos na boca do estômago e me deu um tapa na cara. Ele disse que era para eu fugir porque ele era perigoso?, conta ela. A mulher também afirmou que José Bento de Souza também levou dois homens para bater nela e ameaçá-la.

A suspeita ainda relatou que a aliança encontrada nos fundos da casa é dela mas que não participou da morte da menina. ?Eu fiquei sabendo por que os dois ficavam muito de conversinha e eu não participava de nada. Dei falta da menina de manhã. Eu perguntei e eles disseram que ela tinha sumido?, diz ela. Elizabeth ainda afirmou que a mãe da menina contou tudo para ela e por isso, ela largou a aliança depois que ficou sabendo da história.

Caso

O crime ocorreu no mês de junho em Praia Grande. Ana Beatriz, de 13 anos, foi morta dentro da própria casa, no Jardim Anhanguera. A mãe da menina, Ana Luiza Ferreira, e o ex-marido dela, José Bento de Souza, já estão presos. Eles são suspeitos de participar do crime junto com a companheira da mãe da menina, Elizabeth Fernandes dos Santos. O corpo da menina foi encontrado na Via Anchieta, que faz a ligação entre a Baixada Santista e a região metropolitana de São Paulo, com várias fraturas e ferimentos pelo corpo, além de sinais de esganadura.

Elizabeth foi presa na noite do dia 7 de setembro em Guarulhos, na Grande São Paulo, e levada durante a madrugada para a Delegacia Sede de Praia Grande e depois para o presídio feminino da cidade de Santos. Os investigadores de Praia Grande suspeitavam que Elizabeth teria fugido para Guarulhos. A Polícia Militar recebeu uma denúncia anônima que levou à residência em que Elizabeth estava escondida. Durante a madrugada, uma equipe da Polícia Civil de Praia Grande subiu a serra para trazer a suspeita para a Baixada Santista.



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