Delegado diz ter certeza que menino Joaquim foi morto dentro de casa

Castro já havia afirmado que a perícia não encontrou vestígios de uma terceira pessoa no imóvel

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Natália Ponte e Guilherme Longo estão presos há 23 dias | Paulo Souza/EPTV
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O delegado Paulo Henrique Martins de Castro, que investiga a morte do menino Joaquim Ponte Marques, disse na tarde desta terça-feira (3) que tem provas suficientes para concluir que o garoto foi morto dentro de casa, em Ribeirão Preto (SP). Castro já havia afirmado que a perícia não encontrou vestígios de uma terceira pessoa no imóvel em que a família morava, na madrugada em que Joaquim desapareceu, o que confirma a suspeita de que a mãe e o padrasto estejam envolvidos na morte da criança.

?Temos certeza que o crime aconteceu dentro da casa. O menino foi morto dentro de casa e as provas que colhemos até agora são robustas para conseguir uma condenação e apontar a culpa a que for devida?, disse o delegado, sem especificar quem seria o assassino: a psicóloga Natália Ponte ou o técnico em TI Guilherme Longo. O casal está preso há 23 dias, desde que o corpo de Joaquim foi encontrado no Rio Pardo, em Barretos (SP).

O delegado voltou a afirmar que pretende encerrar o inquérito até a próxima semana, mas ainda depende de laudos, entre eles, o resultado dos testes toxicológicos feitos nos órgãos e no sangue da criança. O exame foi solicitado porque a necropsia apontou que as únicas lesões encontradas na pele foram em decorrência dos dias em que o corpo foi arrastado pelo rio. Além disso, não foi encontrada água nos pulmões do menino, o que indica que não houve morte por afogamento.

O relatório completo das ligações telefônicas recebidas e efetuadas pela mãe e pelo padrasto de Joaquim, e por outros dois familiares próximos ao casal, também não foram entregues à Polícia Civil, assim como o rastreamento de telefones celulares de Natália e Longo, para identificar a localização exata do casal na madrugada em que Joaquim morreu.

Prorrogação da prisão

Castro disse que não descarta a possibilidade de pedir a prorrogação da prisão da mãe e do padrasto de Joaquim para prolongar as investigações, já que a polícia quer esgotar todas as possibilidades sobre a morte da criança. "Nós estamos analisando se será necessária a prorrogação da prisão dos dois ou apenas do Guilherme", disse.

Nátália Ponte e Guilherme Longo devem permanecer detidos, pelo menos, até a próxima terça-feira (10), quando vence o prazo da prisão temporária expedida pela Justiça. Nesta segunda-feira (2), o advogado do padrasto tentou, pela terceira vez, conseguir a liberdade do cliente, entrando com um agravo regimental no Tribunal de Justiça de São Paulo, para obter uma liminar de habeas corpus. A defesa da mãe informou, por outro lado, que não tem interesse em pedir a libertação neste momento.

O delegado explicou que a polícia só pode pedir a prorrogação da prisão temporária, quando o prazo da atual vencer. "Estamos aguardando o prazo correto para entrar com esse pedido, na esperança de que algum laudo importante chegue a tempo e não seja necessário fazer. Mas, pelo visto, vamos ter que fazer o pedido de prorrogação da prisão temporária, bem como a dilação de prazo do inquérito policial", afirmou.



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