Delegado suspeito de matar namorada ameaçou funcionários de shopping popular

A vítima morreu na última segunda-feira (3), após passar 51 dias internada

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A Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais confirmou que o delegado Geraldo Toledo, que é suspeito de ter matado a namorada, foi realmente quem se envolveu em uma briga e ameaçou funcionários do shopping popular Oiapoque, no centro de Belo Horizonte. As ameaças ocorreram um dia após A.L, de 17 anos, ter sido baleada na cabeça e a conclusão ocorreu nessa quinta-feira (6).

A confirmação foi feita por meio de análise das imagens gravadas pelas câmeras de segurança do centro comercial.

Na data, Geraldo Toledo, de 41 anos, foi até ao shopping à procura de um capacete. Após andar pelos corredores do local, o delegado escolheu comprar um capacete no valor de R$ 350. No entanto, Geraldo se propôs a pagar apenas R$ 200. Porém, a negociação não foi aceita pela vendedora e os dois discutiram por alguns minutos.

Diante da discussão, a segurança do shopping foi acionado e o delegado foi retirado do centro comercial. Mas, ainda não satisfeito, Geraldo tentou voltar e, ao ser impedido por um funcionário, sacou uma arma e ainda a apontou para o peito do vigilante. Em seguida, o delegado voltou à loja, mas acabou indo embora sem levar o capacete.

Há suspeita que Geraldo queria comprar o produto na tentativa de esconder o equipamento que normalmente usava, já que nele tinha um adesivo relacionado à namorada baleada.

Na última terça-feira (4), a delegada Águeda Bueno, responsável pela investigação do homicídio, informou que o inquérito será, provavelmente, encerrado na próxima segunda-feira (10). Águeda Bueno ainda esclareceu que aguarda resultados de alguns laudos para dar fim ao caso.

O crime

O delegado teria atirado contra a cabeça da adolescente, que era namorada dele, em Ouro Preto, na região central de Minas Gerais, em abril deste ano.

Geraldo Toledo teve a prisão preventiva decretada e o caso está sob responsabilidade da Corregedoria-Geral da Polícia Civil (PC ). Durante depoimento, o delegado afirmou que a adolescente cometeu suicídio. Entretanto, nenhum resquício de pólvora foi encontrado nas mãos da garota e essa hipótese já foi descartada pelos investigadores.

A vítima morreu na última segunda-feira (3), após passar 51 dias internada no Hospital Pronto Socorro João XXIII, na capital mineira.

O corpo foi enterrado no cemitério Nossa Senhora da Conceição, em Conselheiro Lafaiete, também na região central.

Antecedentes

Geraldo Toledo ingressou como delegado na PC em julho de 2002. Ele também já responde a um Processo Administrativo na Corregedoria por suspeita de irregularidade no licenciamento de veículos, quando era titular da Delegacia de Trânsito em Betim. De acordo com a legislação, uma das penas previstas é a demissão do delegado.

Uma outra ocorrência, também de suspeita de irregularidade em licenciamento de veículo, resultou na prisão de Toledo, pela própria Polícia Civil, quando ele era delegado de Trânsito em São Joaquim de Bicas, em 2011. Esse caso caminha para abertura de um segundo processo administrativo na corregedoria.

Em 19 de março deste ano, Geraldo Toledo foi indiciado pela Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente por agressão. O inquérito já está na 13ª Vara Criminal. Essa ocorrência também pode culminar em outro procedimento na Corregedoria-Geral.

Atualmente, Geraldo Toledo é lotado na Delegacia Especializada de Atendimento à Pessoa Deficiente e Idoso, já que a lei lhe garante o direito de trabalhar e receber os vencimentos enquanto não for concluído qualquer processo em tramitação na Justiça e na Corregedoria da Polícia Civil.



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