Dentista e mais 2 são indiciados por morte após extração de dente

Ela faleceu no dia 8 de julho na Santa Casa de Misericórdia

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Uma dentista, uma funcionária e o dono de uma clínica particular foram indiciados pela morte de uma paciente após uma extração de um dente, na cidade de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. A gerente de loja Jucilene de França, de 31 anos, morreu após extrair um dente no dia 4 de julho de 2015 no Centro Odontológico do Povo (COP).

Ela faleceu no dia 8 de julho na Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. A Polícia Civil anunciou nesta segunda-feira (29) que os três profissionais foram indiciados por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

O inquérito policial que apurou as causas da morte será encaminhado para a Justiça nesta segunda-feira. 

Segundo a Polícia Civil, o laudo de necrópsia da vítima atestou morte por 'choque séptico consequente a infecção grave (Angina de Ludwig) após procedimento odontológico (extração dentária)'.

Foram indiciados a dentista responsável pela extração dentária, Cristiane Rossi Gentelin, a responsável técnica pela clínica, Manuella Driessen Rodrigues Carvalho da Costa e Fernando Helou da Costa, proprietário da clínica.

“Em meu entendimento, Cristiane foi negligente ao deixar de prescrever antibiótico da extração. Ela só o fez quando a paciente retornou com inchaço e dores no local”, explicou por meio de nota o delegado responsável pelo caso, Eduardo Rizzotto de Carvalho. Jucilene passou a ter fortes dores, febre e inchaço depois de extrair o dente. Ela procurou a clínica logo após a extração quando percebeu que estava com um edema no pescoço.

No dia 8 de julho Jucilene voltou para a clínica. No mesmo dia ela foi socorrida para um pronto-atendimento particular e acabou encaminhada à Santa Casa de Misericórdia, onde morreu por volta de 23h.Na época, o marido da paciente, Célio Leite de Magalhães, alegou que a clínica agiu com descaso e afirmou que a mulher fazia check-up médico com frequência, sem ter nenhum problema de saúde.“Tanto Cristiane quanto os responsáveis pela clínica, Manuella e Fernando, foram imprudentes ao colocarem em funcionamento e atenderem pacientes numa clínica em que a vigilância sanitária atestou que não atende as normas de higiene e segurança, ou seja, não está apta a funcionar.

A clínica sequer possuía alvará da vigilância sanitária”, declarou o delegado.O assessor jurídico do Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso (CRO-MT), João Scedrzyk Braga, explicou que a clínica e os profissionais ainda respondem a um processo ético e aguardam julgamento. Os envolvidos aguardam uma decisão final da comissão de ética do CRO-MT, que pode absolver ou condenar os profissionais.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES