Dono das lojas Tesoura de Ouro é preso por sonegar mais de R$ 45 milhões

Segundo as investigações da Operação Sarto, o grupo empresarial se utilizou de pelo menos 123 empresas fictícias ou de fachada para sonegar impostos.

Empresário Juraci Pessoa de Carvalho | Reprodução
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O dono das lojas Tesoura de Ouro, Juraci Pessoa de Carvalho, conhecido como Juraci Tesoura da Ouro, foi preso durante a Operação Sarto, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na manhã desta quinta-feira (11), pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos, que acarretaram uma dívida com o Governo do Distrito Federal de mais de R$ 45 milhões.

PRISÃO E BUSCAS: Juraci foi preso em uma academia. No total, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária em empresas e residências de investigados nas regiões administrativas Sudoeste, Águas Claras, Vicente Pires, Núcleo Bandeirante, Taguatinga, Recanto das Emas, Ceilândia, além de Planaltina de Goiás e Cidade Ocidental.

MAIS DE 100 EMPRESAS PARA LAVAR DINHEIRO: a investigação revelou que o grupo empresarial se utilizou de ao menos 123 empresas fictícias ou de fachada para emissão de notas fiscais fraudulentas com o intuito de supressão de tributos distritais, bem como para circulação de dinheiro proveniente de ilícitos tributários.

USO DE “LARANJAS”: segundo a polícia, a utilização de laranjas nos contratos sociais das empresas de fachada tinha como intuito blindar os reais proprietários do grupo que se beneficiam da supressão dos tributos, bem como da constituição de crédito fiscal “podre”, isto é, não efetuando o pagamento dos devidos impostos. Por meio de contas bancárias vinculadas a CNPJs de empresas em nomes de laranjas, as quantias decorrentes da sonegação fiscal eram fracionadas e movimentadas para dificultar o rastreamento e a detecção dos valores ilícitos.

RESPONSABILIZAÇÃO DOS ALVOS: a operação policial teve como principais alvos os responsáveis pelas empresas e beneficiários da sonegação fiscal e da lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados pela prática de crimes de organização criminosa, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, e a depender da participação de cada um no esquema, eles podem ser condenados a penas de até 28 anos de prisão.



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