É ‘precipitado’ dizer que morte de policial tem relação com Cachoeira, afirma ministro

Policial foi morto com tiros na cabeça quando visitava o túmulo dos pais no Cemitério Campo da Esperança

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Ministro da Justiça, Eduardo Cardozo | Divulgação
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O ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, disse nesta quarta-feira (18) que é ?precipitado? afirmar que o assassinato do policial federal Wilton Tapajós Macedo seria uma vingança pela participação do agente na Operação Monte Carlo, que investigou o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Nesta terça, Macedo foi morto com tiros na cabeça quando visitava o túmulo dos pais no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília.

Ele trabalhava na Polícia Federal desde 1987 e atualmente estava no núcleo de inteligência que investigou Cachoeira, preso em 29 de fevereiro deste ano.

?Nesse momento é precipitado tirar qualquer conclusão em relação a esses fatos. Mas a Polícia Federal está se empenhando e seguramente nós vamos encontrar as causas desse ato perverso que vitimou o agente da PF?, afirmou Cardozo após dar posse a Vinicius Marques de Carvalho como presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O ministro afirmou que pediu à PF ?máximo rigor? na apuração do assassinato do policial. ?Eu não vou afirmar nada, nem que há indícios, nem que não há. Qualquer afirmação seria leviana. O que posso afirmar que é a polícia federal está agindo de forma intensa para elucidar os fatos. Pedimos à Polícia Federal que atue com o máximo de rigor.?

Cardozo destacou que é ?normal policiais sofrerem ameaças após participarem de operações de combate ao crime organizado. Indagado se seria tomada alguma providência para garantir a segurança dos agentes envolvidos nas investigações sobre o grupo de Cachoeira, o ministro afirmou:

?Em qualquer investigação que se faz sempre existe situação de ameaça. Isso é normal da vida policial. Eu não posso afirmar que nesse caso tenha havido uma ligação. Assim que tivermos indícios reveladores nos os tornaremos públicos e as medidas cabidas serão tomadas.?

Por volta das 9h15 desta quarta, a Polícia Civil do Distrito Federal finalizou o trabalho de perícia no Cemitério Campo da Esperança onde o agente federal foi morto a tiros. A equipe responsável por investigar as causas do crime trabalha com as hipóteses de latrocínio, roubo seguido de morte, mas não descarta a possibilidade de execução.A PF também acompanha as investigações.

De acordo com a PF, Macedo estava armado no momento do assassinato, mas não chegou a reagir. O assassino levou o carro que estava com o policial. A arma que o policial portava ? uma Glock 9 milímetros ? e a carteira não foram roubadas. Macedo, de 54 anos, era casado e tinha sete filhos. Enquanto a polícia realizava a perícia no local do assassinato, quatro filhos chegaram ao cemitério. A esposa da vítima também esteve no local e precisou ser atendida por bombeiros após passar mal.

O presidente do Sindicato dos Policiais Federais do DF, Jones Borges Leal, não descartou que o crime possa ter sido queima de arquivo. "Pode ser uma série de coisas, ainda não dá para dizer com certeza o que motivou. Mas é estranho que tenham deixado a arma que estava na cintura dele", declarou.

Macedo já tinha passado pelos serviços de proteção a testemunhas e de repressão a entorpecentes. A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) divulgou nota de pesar pela morte de Macedo e se solidarizando com a família do agente.



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