Eduardo Tagliaferro, assessor-chefe do TSE, é preso em flagrante

Eduardo Tagliaferro, um assessor-chefe do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi preso na noite de segunda (8) em Caieiras (SP) acusado de violência doméstica e exonerado da corte nesta manhã (9). Tagliaferro era assessor-chefe responsável pela Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), pasta subordinada à Secretaria-Geral da Presidência do TSE.

Eduardo Tagliaferro, assessor-chefe do TSE preso por violência doméstica. Reprodução/Internet

Segundo o boletim de ocorrência e o depoimento prestado à Polícia Civil de São Paulo pela esposa de Eduardo, os dois são casados há 21 anos e que possuem duas filhas menores de idade. Além disso, ela ainda relatou que o marido fazia uso de medicamentos controlados sem acompanhamento médico.

A esposa confirmou que Eduardo foi nomeado para o cargo no TSE em agosto de 2022 e que, desde então, passa maior parte de seu tempo em Brasília, no Distrito Federal. Ela informou ainda que Tagliaferro chegaria em Caieiras na noite de segunda (8) para ver a família e iniciar um “tratamento” para sua saúde mental.

Ela relatou à polícia que no dia em que o marido chegou de viagem, por ter ido de Congonhas direto para casa, ela o estava esperando acompanhada de um amigo do mesmo, pois imaginou que ele chegaria cansado ou exaltado. Segundo ela, durante uma discussão que se seguiu, o amigo que a acompanhava foi até a sala de estar para pegar a arma que Eduardo havia deixado em cima da mesa, e em resposta negativa à ação do homem, o assessor teria jogado a arma no chão e em seguida a pegado, subido as escadas até o quarto e efetuado um disparo.

A Esposa contou que no momento do disparo pegou as duas filhas e as levou até a garagem para que ficassem seguras, e que teve o suporte de vizinhos para poder acionar a polícia, ela afirma também ter pedido medidas protetivas de urgência para ela e para as filhas, visando sua segurança e das mesmas.

Em depoimento à polícia, após sua prisão, Eduardo Tagliaferro afirmou que havia chegado em casa por volta das 22h de segunda-feira e que havia deixado a pistola na mesa pois logo em seguida tiraria sua munição e a guardaria em um cofre. Ele defende também que o amigo que estava em sua casa que foi o responsável por pegar a arma e efetuar o disparo no quarto, levando a arma depois para o seu carro.

MEDIDAS DO TSE 

Em comunicado ao portal da CNN Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou que o assessor-chefe havia sido exonerado de seu cargo nesta manhã de terça-feira (9) “devido sua prisão em flagrante por violência doméstica e que aguardará a rigorosa apuração dos fatos”.