Em 2 dias, facção criminosa perde R$ 68 milhões no Rio

A polícia ainda não sabe onde os chefes da quadrilha que estão soltos vão se restabelecer

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A tomada do Complexo do Alemão pela polícia não significa somente a perda do território mais importante para o Comando Vermelho, mais antiga facção criminosa do Rio. Só nos dois últimos dias de operação, a quadrilha chefiada por Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, teve um prejuízo aproximado de R$ 68 milhões, apenas com a apreensão de drogas e armas.

A polícia ainda não sabe onde os chefes da quadrilha que estão soltos vão se restabelecer, mas a aposta é que tentem conquistar alguma favela que compense a perda com a venda de drogas. "A única em que o movimento se assemelha ao do Alemão é a Rocinha, que pertence a uma facção rival do CV, a Amigos dos Amigos (ADA)", disse um oficial da Inteligência da PM.

Segundo este oficial, até que consigam se reabastecer de armas e munição, os principais chefes do tráfico no local devem se refugiar em outras favelas dominadas pelo CV. Entre as mais importantes estão o Complexo de Manguinhos e a Mangueira, ambas na zona norte. "Eles vão passar um tempo mais quietos, mas depois vão precisar praticar crimes que capitalizam a quadrilha, como roubo a banco e roubo de carro", disse o policial.

A transferência de Marcinho VP da Penitenciária de Catanduvas, no Paraná, para Porto Velho, em Rondônia, também foi mais um golpe para a rápida rearticulação do CV. "O VP foi o responsável por determinar os ataques incendiários que levaram à invasão do Alemão. Ele foi transferido e os seus comandados perderam território", diz o oficial.

O prejuízo do Comando Vermelho pode ser ainda maior. Não foram contabilizados nas perdas os revólveres, pistolas e granadas apreendidos. A polícia também tem informação de que os traficantes guardavam dinheiro na favela. Na véspera da invasão, a polícia apreendeu um menor que tentava sair do complexo com US$ 36 mil. Segundo investigações, ele compraria munição para a quadrilha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



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