Empresário confessa que incendiou carro com mulher viva

O corpo de Eliane foi encontrado carbonizado dentro de seu carro, no dia 3 de julho de 2010

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O empresário Luiz Afonso Andrade, 42 anos, acusado de ter matado sua própria mulher, a arquiteta Eliane Nogueira, 39 anos, em julho do ano passado, confessou os detalhes do crime na tarde desta sexta-feira em audiência com o juiz Carlos Alberto Garcete. O advogado de defesa do empresário, Rafael Rizzi, confirmou a confissão de seu cliente perante o juiz. A imprensa não teve acesso à audiência realizada hoje.

O corpo de Eliane foi encontrado carbonizado dentro de seu carro, no dia 3 de julho de 2010, em um bairro próximo à região central de Campo Grande (MS). De acordo com laudo pericial, Eliane teria sido esganada até desmaiar e depois foi queimada ainda viva em seu carro.

Ciúmes e dívidas pessoais de Andrade e de sua empresa teriam levado o acusado a cometer o crime. Após duas horas de depoimento, o réu confessou que saiu com a mulher para ir a uma festa de amigos. Luiz Afonso e Eliane eram casados havia dois anos e meio e estavam separados na ocasião porque brigavam muito.

Após a festa, o casal teria saído para jantar, mas o restaurante escolhido estava fechado e então decidiram parar o carro para conversar. Os dois discutiram e Luiz Afonso teria agredido Eliane, asfixiando a mulher até ela desmaiar.

Réu disse que bebeu após matar a vítima

Luiz Afonso deu voltas pela cidade e foi até a sua empresa, onde pegou um solvente líquido altamente inflamável. Então, parou em uma conveniência, comprou fósforos, cigarros e entrou novamente no carro da esposa, andando algumas quadras. Finalmente, saiu do carro e ateou fogo no veículo com a esposa desmaiada.

Dias depois, a Polícia Civil conseguiu imagens do circuito interno da conveniência, que mostrou que o empresário retornou ao local minutos depois, pediu uma cerveja e só se retirou após ver a viatura do Corpo de Bombeiros, que foi acionada pelos moradores do bairro.

Segundo o seu advogado, Luiz Afonso confessou o crime somente hoje por conta da orientação da defesa. "Ele nunca quis se furtar de assumir o crime, mas foi uma orientação da defesa para que ele não fosse hostilizado na delegacia de polícia. Ele foi hoje à primeira audiência na Justiça e confessou", afirmou Rizzi.

Luiz Afonso será levado a júri popular nos próximos meses e responderá por homicídio triplamente qualificado - motivo torpe, impossibilidade de defesa da vitima e crueldade do crime. O juiz considerou que, pelo porte físico de Andrade, Eliane não teve condições de reagir às agressões. O empresário responderá ainda por destruição de cadáver.



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