Empresário de jogadores é preso suspeito de ser líder de quadrilha

Operação da PF já prendeu 20 pessoas que atuavam no Porto de Santos

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Policia Federal apreendeu grande quantia em dinheiro | Reprodução
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O empresário de jogadores de futebol Ângelo Marcos da Silva é suspeito de comandar uma quadrilha de tráfico internacional de drogas que atuava no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Uma operação da Polícia Federal, que ocorreu na última semana, já prendeu 20 pessoas, mas outras 11 continuam foragidas, de acordo com reportagem exibida pelo Bom Dia Brasil desta segunda-feira (7).

A Polícia Federal monitorou mensagens do empresário, que já está preso, com outros membros da quadrilha, que comprovariam a participação de Ângelo Marcos da Silva no esquema que levava cocaína para fora do Brasil. O empresário é sócio da empresa Plus Sports e Marketing Ltda, responsável pela carreira dos jogadores Luciano, do Corinthians, e Negueba, do Flamengo. As investigações, porém, nao apontam elo entre o agenciamento de jogadores e o tráfico de drogas.

Em nota, a Plus Sports afirma que está à disposição das autoridades para auxiliar nas investigações e que os jogadores não vão se pronunciar sobre o assunto. Ainda segundo a Plus Sports, o advogado do empresário não quis gravar entrevista.

Também em nota, o Flamengo informou que a contratação de Negueba não foi negociada com o empresário preso, e sim com o advogado do jogador. Já o Corinthians não quis se pronunciar sobre o assunto.

Operação

Na última segunda-feira (31), a Polícia Federal (PF) cumpriu 46 mandados de prisão e 80 mandados de busca e apreensão para desarticular quadrilhas que fazem tráfico internacional de drogas utilizando o Porto de Santos. Fora os presos, mais de 3,7 toneladas de cocaína foram apreendidas ? além de dinheiro, veículos e armas. De acordo com a polícia, essa é a maior apreensão dos últimos tempos no litoral de São Paulo. As operações Hulk e Oversea começaram em maio do ano passado. As 3,7 toneladas de cocaína foram apreendidas nesse período e somadas durante as operações.

Segundo a Polícia Federal, a quadrilha usava contêineres para transportar cocaína pura do Porto de Santos para a Europa, África e Cuba. Ainda de acordo com a PF, a droga era colocada em mochilas e sacolas, que eram inseridas nos contêineres por funcionários particulares, sem o conhecimento dos donos das cargas ou dos navios. A droga seguia junto com um lacre clonado. No local de destino, membros da organização criminosa rompiam os lacres, recuperavam a cocaína e colocavam os lacres clonados, para não gerar suspeitas.

Segundo os delegados Reinaldo Sperandio e Ivo Roberto, responsáveis pela divulgação da operação, as investigações começaram em maio de 2013. "Não havia facilitação. Eles tinham um esquema. De qualquer forma, nossa investigação apontou que não havia participação dos funcionários dos terminais portuários no esquema", explica Sperandio.

Ainda de acordo com Sperandio, a quadrilha tem participação no tráfico de drogas e em vários crimes na cidade de São Paulo. O delegado explica que essa foi uma das maiores apreensões da história do Porto de Santos. "No último ano foram apreendidos 4 toneladas de cocaína. Essa é a maior dos últimos tempos, mas ainda vamos levantar para ver se existiram outras dessas. Tivemos prisões na Baixada Santista, em São Paulo e no Mato Grosso do Sul", afirma.

Ao todo, a Polícia Federal apreendeu 230 mil euros (R$ 721 mil), 10 veículos, uma lancha, 19 armas curtas e dois fuzis. As organizações criminosas eram investigadas pela PF desde 2013, nas operações Hulk e Oversea, que tinham como foco o tráfico de drogas via Porto de Santos.



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