Espancador de jovem já havia sido condenado por agressões em 2010

Um dos acusados de crimes foi obrigado a pagar cestas básicas

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O último dia 2 de fevereiro ? data em que o universitário Vítor Suarez Cunha, 21, e o morador de rua João Araújo Teles, 47, foram espancados ? não era uma data qualquer na vida de um dos cinco acusados do crime. Horas antes da sessão de espancamentos, Tadeu Assad Farelli Ferreira, 20, começava a pagarà Justiça por um crime que cometera em novembro de 2010: outra agressão a um jovem que seguia para a escola, no mesmo Jardim Guanabara, bairro de classe média alta na Ilha do Governador.

Tadeu não compareceu à nenhuma audiência daquele processo e foi condenado pelo crime de lesão corporal leve ao pagamento de R$ 700 em cestas básicas, divididos em três parcelas. O despacho judicial foi divulgado justamente no dia 2 de fevereiro, após poucas horas das novas cenas de violência que protagonizou.

O adolescente agredido em 2010 conta que caminhava para a escola pela Rua Francisco Alves, a menos de 100 metros da agressão do dia 2, quando recebeu um soco no rosto. Nesta terça-feira, a vítima, que foi atingida pelas costas, festejou a decisão da Justiça. ?A Ilha é um bairro de moradia. Eles acabaram com a paz da gente. Isso tem que ter um fim?.

Do grupo de cinco suspeitos pelos espancamentos a Vítor e João, outro integrante que possui antecedentes é William Bonfim Nobre Freitas, 23. Segundo registro na 37ª DP (Ilha), de junho de 2010, ele e outros dois jovens são investigados por agressão a um menor de idade, na época, também no Jardim Guanabara.

Na ocasião, a vítima foi abordada durante a madrugada e levou três socos, um na testa e dois na nuca. ?Só pararam de bater pois um carro começou a subir a ladeira?, relembra. Durante audiência do processo que corre na Justiça, Willian disse que ?apenas tentou separar a briga?.

Nesta quarta-feira, mais um agressor foi preso. Felipe Melo dos Santos, o Geminha, 19, ligou para a polícia e marcou encontro para se entregar. Dos cinco acusados com prisão decretada, falta ser preso Edson Luiz Júnior.

?Eu prometi ao Vitor que veria todos na prisão. Espero que ao sair dela façam algo de mais produtivo?, desabafou Kleber Carlos Silva de Souza, amigo de Vítor que ajudou a polícia a identificar o grupo.

Ele identificou, ontem, sexto integrante do grupo. Daniel Lopes de Menezes, 21, estava com os agressores na hora do crime, mas não teria participado do espancamento. Embora não tenha tentado impedir a ação,não será indiciado. ?Ele confirmou que estava na hora, mas não participou. Não podemos indiciar os que assistiram e não impediram?, disse o delegado Deoclécio Assis Filho.



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