Coronel agredido diz que este ano, 70 colegas já foram feridos

Com a escápula quebrada, Reynaldo Rossi diz que fim da violência nas manifestações depende da ajuda dos próprios manifestantes

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a polícia sempre estará presente. E elas devem ver a polícia como parceira. | Estadão
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O coronel da Polícia Militar Reynaldo Simões Rossi disse ao Estado que o vandalismo é o maior inimigo dos protestos. ?As pessoas que participam de manifestações devem entender que a polícia sempre estará presente. E elas devem ver a polícia como parceira.?

O que houve de errado? O que deve mudar?

O direito de se manifestar será sempre garantido pela polícia. Mas permitir que as manifestações ocorram de forma livre não depende apenas da polícia. Os manifestantes precisam ter responsabilidade e se separarem dos criminosos. E nos ajudar a identificá-los. O silêncio dos bons é muito pior do que o ruído dos ruins. Neste ano, já atuamos em 200 manifestações. Tenho certeza de que é a minoria de pessoas que está disposta ao vandalismo. Há os que não querem negociação. Atacam a PM porque é o Estado ali. É o Big Brother deles, a hora de aparecer.

As punições precisam ser diferentes?

É a sociedade que tem de discutir isso. Quem é preso sistematicamente nesses atos poderia ter de se apresentar na delegacia nos dias de protesto (como ocorre com integrantes de torcidas organizadas).

Por que o senhor estava naquele ponto onde foi agredido?

O comando da operação não era meu, mas costumo acompanhar os atos a distância para fazer a análise crítica depois (para corrigir erros de planejamento). Segui o ato todo. Estava na Praça da Sé, onde ele deveria terminar, mas o MPL achou por bem terminar no Parque D. Pedro. Seguia para lá quando eu e meu motorista, que foi um herói, vimos um grupo destruindo pontos de ônibus e os detivemos. Nisso, os criminosos que já fugiam do terminal nos cercaram. Mas é importante dizer que não foi um coronel que foi agredido. Foi um policial fardado. Fui só mais um policial ferido. Neste ano, só na minha região, 70 policiais já ficaram feridos trabalhando em manifestações. Alguns deles ainda estão convalescendo.

O senhor viu o vídeo com as cenas da sua agressão?

Vi algumas partes, mas penso que o que passou, passou. Ser policial é sempre correr riscos.



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