Estudante de Direito pede habeas-corpus para atropelador

O motorista do veículo, Ricardo Neis, 47 anos, se internou em uma clínica

Estagiário da Defensoria Pública | Terra
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O estudante de Direito e estagiário da Defensoria Pública do Rio Grando do Sul Antônio Goya de Almeida Martins Costa ingressou na Justiça gaúcha com um pedido de habeas-corpus em favor de Ricardo Neis, 47 anos, que teve prisão decretada por atropelar dezenas de ciclistas na última sexta-feira em Porto Alegre. O funcionário do Banco Central está internado em uma clínica psiquiátrica da capital gaúcha.

"Estou indignado com a decisão do juiz que deferiu a prisão cautelar do atropelador dos ciclistas. Não concordo com atitudes como a que supostamente foi praticada por ele, mas tão contrário quanto a isso, sou em relação a antecipação de pena. Neste caso, não há motido que justifique sua prisão antes da sentença", disse o jovem na sua página do Facebook.

O pedido será analisado pelo desembargador Odone Sanguiné, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ), e a análise deve sair ainda hoje, segundo a assessoria do TJ. A prisão do atropelador foi decretada pela Justiça na noite de terça-feira. Ricardo Neis avançou com o carro sobre os ciclistas no bairro Cidade Baixa, quando o grupo, identificado como Massa Crítica, fazia um passeio pedindo mais bicicletas nas ruas.

De acordo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, agentes estão de plantão no entorno da clínica para evitar a saída de Neis. Caso ele tente deixar o local, será preso. Neis se internou na terça para, segundo um dos seus advogados, ter garantida sua integridade física e psicológica. "Ele está muito abalado, muito chocado e muito preocupado com a situação. O que fizemos foi buscar a integridade física e psicológica dele e do filho, pois eles estão sendo caçados. O Ricardo não nega que foi imprudente, mas já estão o condenando, isso está errado", disse Jair Jonco.

Conforme nota divulgada pela polícia, foi possível apurar, pelo depoimento do acusado, que o automóvel foi "utilizado como uma arma" e isso acarretaria, entre mais elementos colhidos, intenção de matar. Outro fator para o pedido foi o fato de o acusado ter ciência de que sua atitude colocou em risco a vida dos ciclistas e, por isso, ele assumiu o chamado dolo eventual, quando se arca com o risco das atitudes provocadas.

Por volta das 19h da última sexta-feira, o movimento Massa Crítica promoveu um passeio ciclístico a favor do uso das bicicletas no tráfego urbano. Durante a manifestação, que reuniu mais de 100 pessoas, Ricardo Neis, que dirigia um Golf preto, acelerou e atingiu os ciclistas que bloqueavam a rua José do Patrocínio na altura da rua Luiz Afonso, no bairro Cidade Baixa. Pelo menos 10 pessoas ficaram feridas.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES