“Não tenho medo deles”, diz advogado da família de Eliza

O plano de Bola teria sido revelado ao advogado por Jaílson Alves de Oliveira.

Avalie a matéria:
Eliza Samudio. | Reprodução Web
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A história do desaparecimento e possível assassinato de Eliza Samudio, ex-amante do ex-goleiro Bruno, ganhou mais um capítulo na segunda-feira. O advogado da família da jovem, José Arteiro Cavalcante Lima, denunciou que o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de executar a moça e desaparecer com o corpo, planejava encomendar a morte de três pessoas: o próprio Arteiro; o delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações da Polícia Civil; e a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem. Na quarta-feira, a 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais julgará pedido de habeas corpus de Bruno.

O plano de Bola teria sido revelado ao advogado por Jaílson Alves de Oliveira, colega de cela do ex-policial na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. O detento, que cumpre pena de 35 anos por latrocínio, teria ouvido de Bola que traficantes do Rio, entre eles um conhecido como Nem, iriam a Minas "dar um jeito" em quem o prejudicava.

O advogado contou que a mulher de Jaílson já teria procurado a Promotoria para fazer a denúncia, mas não foi recebida. "Aí ela me ligou e fui lá na cadeia ouvir o que ele tinha a dizer", contou Arteiro, que protocolou documento no Tribunal do Júri de Contagem.

Sobre as ameaças, Arteiro respondeu com uma provação: "O assassino pode vir. Vou servir café com chumbinho. Você mata é mulher com criança no colo, indefesa".

"Micro-ondas"

Segundo o advogado, o detento teria revelado que Bola confessou ter queimado Eliza em pneus ("micro-ondas") e jogado as cinzas na Lagoa Suja, em Ribeirão das Neves, onde a polícia já fez buscas. "Ele disse que ligou para o Macarrão (Luiz Henrique Ferreira Romão) na hora que jogou as cinzas lá. Por isso a polícia não achou nada", disse Arteiro.

De acordo com ele, após as denúncias contra Bola, Jaílson teria sido transferido para o Presídio São Joaquim, na cidade de Bicas.

Arteiro afirmou que espera um posicionamento da Justiça a respeito das denúncias. "A minha parte eu fiz e passei para a Promotoria. Agora temos que esperar para ver o que vai ser feito. Eu não tenho medo deles", disse.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES