Uma professora de 60 anos foi assassinada a facadas por um ex-aluno, de 24 anos, para se vingar de supostas broncas que levou enquanto estudou com ela. O acusado disse a polícia que não tinha intenção de matá-la, mas de "dar um susto".
Segundo o jovem, que trabalha como auxiliar de produção, a professora teria o perseguido na escola por três anos, mas que o estopim para o crime foi ter cumprimentado a idosa e ela ter o ignorado.
O crime aconteceu na quarta-feira (24), em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia. Cleide Santos foi morta após o homem pular o muro da casa da vítima, ainda de madrugada. O suspeito invadiu a residência, esfaqueou a mulher e entrou em luta corporal com o filho da professora, que tentou defender a mãe do ataque.
O rapaz foi ferido no braço e foi encaminhado ao hospital. A vítima foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ao chegar na unidade de saúde. O corpo da professora foi enterrado sob forte comoção de familiares e alunos. Ainda de acordo com os policiais, o homem tem passagem criminal por tráfico de drogas.
BRONCAS EM SALA
O jovem relatou em depoimento que estudou com a professora em 2014 no colégio Castelo Branco. Nessa época, ele alega que a docente sempre lhe dava broncas dentro da sala de aula e também fora da escola.
Mas mesmo guardando raiva contra a professora, o jovem disse à polícia que houve um estopim para o crime. Segundo o suspeito, na manhã do dia do crime, ele passou pela casa da professora e a comprimentou, mas ela teria ignorado o gesto, e ele se sentiu ofendido.
"No colégio , a vítima chegou a injuriar outra aluna e isso o fez lembrar da época que era injuriado pela vítima nesse sentido também. Isso durou três anos", alegou o jovem em depoimento.
HOMENAGENS
A Secretaria Estadual de Educação informou em nota que Cleide Aparecida era servidora efetiva da rede estadual de ensino desde 1985, tendo dedicado 37 anos de sua vida à educação.
“Uma pessoa que colaborou muito com a educação e hoje trabalhava como professora de apoio. Recebemos a notícia e as escolas estão consternadas, a cidade está compadecida”, lamentou.
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