Ex-jogador de futebol que matou esposa alega legítima defesa

O Ministério Público que foi o jogador que matou a ex-mulher.

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Janken Evangelista, acusado de matar a ex-mulher em SP. | Reprodução
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O julgamento do ex-jogador de futebol Janken Ferraz Evangelista, de 30 anos, acusado de matar a ex-mulher foi interrompido por volta de 0h30 e deve ser retomado às 10h30 desta terça-feira (6), no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo.

Restam ser ouvidas mais três testemunhas: a mãe do réu, um amigo e um conselheiro tutelar da Bahia, que deve expor ao júri como era o relacionamento entre Janken e a ex-mulher Ana Cláudia Melo da Silva, de 18 anos, morta em 2009.

Os advogados de defesa e o Ministério Público (MP) vão pedir a condenação do ex-atleta. Ele é acusado de matar a ex-mulher e depois fugir com o filho do casal.

A defesa do jogador vai pedir a condenação por crime de legítima defesa com excessos, que prevê uma pena máxima de 12 anos de prisão; e o MP, por homicídio triplamente qualificado, que prevê pena de 30 anos de cadeia. O advogado do acusado diz que ele agiu em legítima defesa, e exagerou ao se defender. O MP, por sua vez, diz que ele agiu por motivo torpe, sem dar chance de defesa à vítima.

O advogado de defesa diz que Janken tentava se defender, mas não conseguiu se controlar. O ex-jogador matou Ana Claudia com 14 facadas na cozinha do apartamento onde ela morava com o filho, no Jardim da Saúde, na Zona Sul. As investigações apontam que eles brigaram por ciúmes. No calor da discussão, Ana Cláudia pegou uma faca. Os dois lutaram. Janken tomou a faca e atingiu a ex-mulher.

?A minha tese é: ele se excedeu, legítima defesa com excesso culposo. Ele deu muitas facadas depois. Mas fatais foram três. Ele continuou completamente descontrolado, é uma tempestade psíquica. Por isso, vou pedir a condenação dele no excesso culposo. Ele foi além, legítima defesa, deveria ter parado e continuou?, disse o advogado Mauro Otávio Nacif.

As imagens das câmeras de segurança do condomínio foram usadas pela polícia. No dia do crime, Janken levou a ex-mulher e o filho em casa. Eles tinham ido ver um jogo entre Corinthians e Santos, no Pacaembu. Trinta e nove minutos depois, Janken, já com outra camisa, saiu apenas com o filho. O ex-jogador foi preso na Bahia, três dias depois do crime.

?Nós, na condição de assistente do Ministério Público, queremos que ele responda por homicídio triplamente qualificado, por furto e por subtração de incapaz?, afirmou José Beraldo, advogado da família da vítima.

A mãe de Ana Cláudia acompanha o julgamento e diz que o neto, hoje com 4 anos e 6 meses, sabe de tudo o que aconteceu. Ela espera que a morte da filha não fique impune. ?Justiça, que a Justiça seja feita. Tudo o que minha filha queria era trabalhar, estudar e criar o filho dela com dignidade. Ele tirou tudo, tirou minha filha, tirou a mãe do Gabriel, ele tirou a mãe, o que um pai pode fazer de pior para um filho é matar, é tirar a vida da mãe?, disse Ana Lúcia Melo.



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