Família suspeita que cabeça achada na Sé é de parente desaparecido

Exame de DNA do morto será comparado com o de supostos familiares.

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Familiares de um homem desaparecido desde março suspeitam que cabeça encontrada em um saco plástico na Praça da Sé, no Centro de São Paulo, na última quinta-feira (27), seja do parente. A família viu fotos da cabeça.

De acordo com a Polícia Civil, a confirmação ainda depende de um exame de DNA. A Polícia Técnico-Científica vai comparar o material genético dos supostos familiares com o do corpo esquartejado encontrado no mês passado. O resultado dos testes deve ficar pronto em até 20 dias.

?Realmente tem essa família que não podemos citar ainda quem é, mas que nos procurou para relatar o desaparecimento desse parente?, disse o delegado Itagiba Franco, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). ?Ela reconheceu a cabeça achada na Sé por foto como possivelmente sendo desse homem que sumiu, mas ainda é uma suspeita porque depende da confirmação de exame de DNA?.

Segundo o delegado da Divisão de Homicídios do DHPP, o Instituto Médico Legal (IML) recolheu amostras genéticas das pessoas que reconheceram a cabeça como sendo seu parente. ?O teste ficará pronto de 15 a 20 dias. Depois disso, se o instituto confirmar que a cabeça é mesmo desse sujeito, aí sim poderemos divulgar quem ele é?, falou Itagiba, que, a partir da identificação, terá mais informações para tentar chegar ao criminoso. Ele poderá saber, por exemplo, se alguém ameaçava a vítima.

Cabeça

Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Delegacia Geral de Polícia (DGP) infomou que a fotografia de um desaparecido "guarda semelhança com a cabeça localizada na praça da Sé". Por esse motivo, "equipes de investigação solicitaram a presença da família do desaparecido para obter mais detalhes".

Ainda, segundo a DGP, "por ética, a imagem da cabeça, bastante deformada, não foi apresentada à família, evitando maior sofrimento àquelas pessoas."

Além da cabeça, encontrada na quinta-feira passada, a polícia também achou em março outras partes humanas que são da mesma pessoa, possivelmente um homem, segundo informou recentemente a Secretaria da Segurança Pública do estado de São Paulo (SSP). Mesmo assim, as partes serão levadas a um tomógrafo, que gera imagens de alta qualidade, para comprovar que a área do pescoço se encaixa com a cabeça e o tronco.

O crime

O tronco e membros superiores (braços) e inferiores (pernas) foram encontrados dentro de sacos plásticos no dia 23 de março. Tinham sido deixados em torno do Cemitério da Consolação, em Higienópolis, bairro nobre da capital paulista.

O caso é investigado pelo DHPP como assassinato, mas nem a vítima e o assassino foram identificados ainda.

Imagens gravadas por câmeras de segurança públicas e privadas estão sendo analisadas para ajudar a polícia a identificar quem deixou os sacos plásticos com o corpo esquartejado. Algumas cenas mostram dois suspeitos com sacos perto da Sé e da Consolação, mas não foi possível identificá-los devido à qualidade ruim das gravações.

Como o corpo foi achado enrolado num vestido vermelho é investigado se o homem seria um travesti. Para dificultar a identificação do corpo pela polícia, a bacia, órgãos genitais e pontas dos dedos continuam desaparecidos.

Quem tiver informações sobre algum suspeito pode telefonar para o Disque-Denúncia, no número 181. Não é preciso se identificar.



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