65 mortes: Famílias rivais gastam seguro de vida para matar mais

Ainda de acordo com o delegado, as três famílias são suspeitas de participação de 64 assassinatos.

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A Polícia Civil da Paraíba investiga o resgate de apólices de seguros de vida para financiar assassinatos entre famílias rivais na Paraíba, no Rio Grande do Norte e no Ceará. De acordo com o delegado do caso, André Rabelo, até as 12h, a Polícia Civil cumpriu 15 mandados de prisão temporária em ação deflagrada nesta terça-feira (27) contra grupos de extermínio motivados por rixas entre famílias. Também foram apreendidas 18 armas, entre pistolas, escopetas e espingardas supostamente utilizadas nos crimes.

Ainda de acordo com o delegado, as três famílias são suspeitas de participação em 64 assassinatos devido a rixas, além de outros 31 assassinatos em consequência da atuação destas organizações criminosas, totalizando 95 mortes.

Durante entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (27) em Patos, a Polícia Civial informou que as famílias providenciam seguros de vida quando tomam conhecimento de que um de seus integrantes está na lista de morte de rivais. A polícia suspeita que, quando o assassinato acontece, os parentes retiram o dinheiro e investem no plano de vingança, comprando armas e contratando "pistoleiros" para executar envolvidos no primeiro crime.

Como parte das investigações, os delegados que trabalham no caso solicitaram dados do Banco Central sobre os seguros feitos e a movimentação de contas. Além da atuação na "pistolagem", alguns investigados são apontados como envolvidos em tráfico de drogas.

A Operação Laços de Sangue foi deflagrada nesta terça-feira (27) nas cidades de Catolé do Rocha, Patos, Brejo dos Santos e João Pessoa, na Paraíba, e nos municípios de Caraúbas e Antônio Martins, no Rio Grande do Norte. Também há pessoas no Ceará suspeitas de participação nos crimes.

Entenda o caso

Conforme os delegados regionais Cristiano Jacques, de Patos, e André Rabelo, de Catolé do Rocha, as três famílias são suspeitas de participação em 64 assassinatos devido a rixas, além de outros 31 em consequência da atuação destas organizações criminosas, totalizando 95 mortes.

"Os três clãs vêm se confrontando e realizando várias execuções. Uma característica marcante dos três grupos é o planejamento de suas ações. Todos os crimes são previamente planejados, com tarefas bem definidas dentro da organização: pessoas que planejam, financiam, recrutam mercenários, levantam os alvos, executam", explicou Cristano Jacques.

Investigações da Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público apontam que as famílias seriam responsáveis por um clima de acirramento há mais de 60 anos, devido a brigas políticas. Os conflitos teriam adquirido mais violência com o passar dos anos, culminando em confusões por motivos banais e assassinatos em represália aos rivais, segundo apurado pelos investigadores.

A operação teve a participação de 130 pessoas, entre policiais civis, militares e representantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público da Paraíba.



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