Fazendeiro é condenado por ter encomendado morte

Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, foi julgado pela 3ª vez

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Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, sendo preso. | TV Globo
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Após 15 horas de julgamento no fórum de Belém (PA), o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, foi condenado a 30 anos de prisão inicialmente em regime fechado, na noite desta segunda-feira (12), por ter encomendado a morte da missionária Dorothy Stang, em 2005.

Dorothy Stang foi executada com seis tiros em um assentamento em Anapu, no Pará.

Esse foi o terceiro julgamento de Bida. No primeiro, em 2007, ele foi condenado a 30 anos de prisão, mas teve direito a um novo júri. No segundo, foi absolvido, mas o Ministério Público recorreu da decisão e a Justiça anulou a sentença.

Bida teve a pena agravada pelo fato da vítima ser pessoa idosa. A tese defendida pela acusação foi de homicídio duplamente qualificado, praticado com promessa de recompensa, motivo torpe e uso de meios que impossibilitaram a defesa da vítima. Ele recebeu a sentença por volta de 23h40, e perrmanecerá preso no Centro de Recuperação do Coqueiro, em Belém.

Para o juiz, ele negou envolvimento no crime e se recusou a responder a perguntas dos promotores.

Atraso

O início do julgamento de Bida atrasou em uma hora porque o advogado dele não compareceu e enviou outro representante. O novo advogado teria pedido um prazo ao juiz para se inteirar sobre o caso. O pedido foi negado.

Vários religiosos e camponeses que conviveram com a irmã Dorothy viajaram para Belém para acompanhar o julgamento. O irmão da missionária também saiu dos Estados Unidos e está no Brasil para acompanhar o caso.

Quatro testemunhas de acusação foram ouvidas de manhã. Segundo o Tribunal de Justiça do Estado do Pará, o primeiro depoimento foi de Roberta Lee Spires, conhecida como irmã Rebeca, que falou sobre o trabalho desenvolvido por Dorothy.

O juiz, a acusação e a defesa também ouviram a defensora pública Eliana Vasconcelos (que atuou na defesa de outro acusado de envolvimento no crime), o agricultor Gabriel do Nascimento (que trabalhou com a missionária) e o delegado da Polícia Federal Ualame Machado (que investigou o caso).

Último réu

O quinto e último réu no processo, Regivaldo Galvão, será julgado em sessão marcada para o dia 30 de abril deste ano.



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