Gerente morta por PM teve pulmão e coração perfurados por bala, diz laudo

A Justiça aceitou o pedido do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e tornou réu o policial militar Maicon de Oliveira Santos, de 35 anos.

Gerente morta por PM teve pulmão e coração perfurados por bala | Reprodução
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A gerente de loja Julia Ferraz, de 27 anos, morta após ser atingida por um tiro de arma de fogo na madrugada do dia 14 de agosto deste ano, teve seu pulmão e o coração perfurados. Ela atravessava o canteiro central da Avenida Independência, em Ribeirão Preto, São Paulo, quando foi baleada pelo policial militar Maicon de Oliveira Santos.

De acordo com o laudo da Polícia Civil, o tiro entrou pela região do peito da vítima e saiu pelas costas. As perfurações causaram uma hemorragia interna e a morte de Julia. O PM foi preso em flagrante, mas teve liberdade provisória concedida pela Justiça após audiência de custódia, no dia 15.

Agora, a Justiça aceitou o pedido do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e tornou réu o policial militar Maicon de Oliveira Santos, de 35 anos. Ele vai responder por dupla tentativa de homicídio duplamente qualificada e homicídio consumado duplamente qualificado. A promotoria alegou que é “para garantia da ordem pública, ao considerar a periculosidade do agente revelada na gravidade do delito”.

Júlia estava mais a frente caminhando com uma amiga | FOTO: Reprodução

Isso porque, conforme as informações, na ocasião, o PM teria atirado contra dois homens, Gustavo Alexandre Scandiuzzi Filho, de 26 anos, e Arthur de Lucca dos Santos Freitas Lopes, de 18 anos. O policial militar alegou que ele teria sido alvo de um assalto [pelos dois homens] enquanto se dirigia à uma lanchonete na mesma avenida, o que o teria levado a atirar.

O disparo, no entanto, atingiu a gerente que passava pelo local. Julia Ferraz estava mais a frente, caminhando com uma amiga. Diante do laudo da Polícia Civil, o MP fez à Justiça um novo pedido de prisão contra o agente, já que a primeira solicitação, feita junto com a denúncia, foi negada.

"Primeiro, por um evidente abalo à ordem pública. Não se pode dizer que a ordem pública não foi abalada quando um policial militar, saindo de um bar, por uma mera discussão, se põe a atirar, com uma arma de alto poder vulnerante. [...] E também por conveniência da instrução criminal, para preservar a colheita da prova", disse o promotor responsável pelo caso, Marcus Túlio Alves Nicolino ao G1.



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