Com 4 votos a favor e 3 contra, Gil Rugai é condenado a 33 anos por matar pai e a madrasta

Quatro jurados votaram pela condenação por duplo homicídio e três pela absolvição

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Gil Rugai foi condenado pela morte do pai e da madrasta. | Reprodução
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Quase nove anos após o crime, Gil Rugai foi condenado a 33 anos e nove meses de prisão nesta sexta-feira (22) pelas mortes do pai, Luiz Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra de Fátima Troitino, ocorridas em São Paulo no dia 28 de março de 2004. O julgamento durou uma semana. A sentença foi proferida pelo juiz Adilson Paukoski Simoni.

No entanto, a condenação foi divulgada antes da leitura da sentença pelo magistrado porque, logo após saírem da sala do Conselho de Sentença, o promotor do caso, Rogério Zagallo, e o assistente de acusação, Ubirajara Mangini, se abraçaram e comemoraram.

Os 260 lugares disponíveis no plenário do júri foram ocupados enquanto o juiz proferia a sentença. Uma câmera transmitiu a leitura da pena ao vivo para todas as emissoras do país. Não foi permitida a entrada de fotógrafos.

Quatro jurados votaram pela condenação por duplo homicídio e três pela absolvição --os votos param de ser lidos quando já há maioria--, já o agravante de motivo torpe (supostamente por ter sido demitido da empresa do pai após desfalques) ficou em quatro a um. "Missão dada é missão cumprida", disse Zagallo. "Saiu a condenação merecida, justa e adequada. Foi feita justiça".

A mãe do réu, Maristela Grego, e o irmão, Léo Rugai, que foi testemunha de defesa durante o julgamento que durou uma semana, deixaram o plenário chorando junto ao advogado Thiago Anastácio e se abraçaram sob aplausos do lado de fora do Fórum Criminal da Barra Funda.

Para a antropóloga Ana Lúcia Pastore Scheitzmeyer, que também foi testemunha arrolada pela defesa, a comemoração do promotor e do assistente de acusação logo após saírem da sala do Conselho de Sentença foi uma quebra de ritos. "Se eu fosse juíza, entraria com uma ação no Ministério Público".

Para a cientista, a atitude do promotor e do assistente, e das pessoas que aplaudiram, foi um desrespeito com todos da família. "Como se decide a vida de uma pessoa como se fosse um circo?", disse.



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