GO: para relator de CPI, morte de suspeito foi falha do Estado

Ademar estava preso desde o dia 10 de abril, acusado de estuprar e matar seis jovens em Luziânia

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O relator da CPI da Pedofilia do Senado Federal, Demóstenes Torres (DEM-GO), afirmou que o governo estadual falhou ao permitir que o pedreiro Ademar de Jesus Silva, 40 anos, morresse na tarde deste domingo em uma cela da Delegacia de Combate a Narcóticos (Denarc), em Goiânia. A polícia afirma que ele cometeu suicídio. Para o senador, a morte prejudica as investigações policiais na identificação e localização de outras vítimas do pedreiro.

Ademar estava preso desde o dia 10 de abril, acusado de estuprar e matar seis jovens em Luziânia (GO), no entorno do Distrito Federal, entre os dias 30 de dezembro e 22 de janeiro. Em uma audiência na CPI da Pedofilia, no dia 12, o pedreiro teria admitido que abusou sexualmente das seis vítimas e as matou porque sentiu raiva dos jovens após o estupro.

"É obrigação do Estado garantir a integridade física do preso. Deveria ter sido adotadas medidas preventivas que impedissem ele de cometer tal ato. Mas de qualquer forma um suicida é muito difícil de se manter a vigilância. Ele vai aproveitar qualquer oportunidade quando tem esse objetivo", disse.

Demóstenes disse ter convicção que o pedreiro fez mais vítimas além das seis encontradas em uma fazenda em Luziânia (GO), no entorno do Distrito Federal. Agora, tanto a polícia como a CPI, que acompanhava o caso, terão dificuldades para continuar as investigações. "Havia muita expectativa de que fossem encontradas vítimas. Pelo perfil deste sujeito e pelo que ele já havia dito, que não conseguia parar de matar, tínhamos essa perspectiva de que, durante as investigações, outras vítimas fossem identificadas. Agora fica complicado. Ficaremos no reino das especulações", afirmou.

O senador diz acreditar na versão da polícia de que Ademar se matou, ao contrário do seu colega, Cristovan Buarque (PDT-DF), que, pelo Twitter, sugeriu a possibilidade de ter havido queima de arquivo. A mesma suposição foi feita pelas mães dos jovens de Luziânia. "Não tenho dúvidas de que foi suicídio. Mesmo porque seria gravíssimo se tivesse ocorrido outra coisa. Não acredito que a polícia se imiscuiria em algo desse tipo (simular o suicídio ou permitir que o preso fosse morto)", afirmou.



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