Homem nega ter mandado matar família de vítimas de chacina

“Só falta agora colocarem a culpa pelas mortes nas minhas costas. Não sei quem fez isso“, disse.

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Daniel teria ordenado que comparsas atirassem em parentes das vítimas | Severino Silva / Agência O Dia
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A polícia apresentou nesta quarta-feira o primeiro preso acusado de participação na morte dos seis rapazes no Parque de Gericinó, em Mesquita, sábado ? um cadete da PM e um pastor também foram assassinados, e um jovem está desaparecido.

A mesma quadrilha, da Favela da Chatuba, é a principal suspeita. Daniel Dias Cerqueira dos Santos, 23 anos, estava entre os 20 presos durante ocupação da comunidade pela PM terça-feira, mas ele só foi reconhecido nesta quarta por testemunhas.

?Só falta agora colocarem a culpa pelas mortes nas minhas costas. Não sei quem fez isso. Estava em casa no dia do crime?, disse o acusado. Preso em flagrante com drogas, Daniel terá a prisão pedida pelo delegado-titular da 53ª DP (Mesquita), Julio da Silva Filho, pelas mortes.

Ele negou a acusação. Com a prisão dele, chega a oito o número de suspeitos indiciados pelas mortes dos seis moradores de Nilópolis. Sete estão foragidos, entre eles o chefe do tráfico da Chatuba e acusado de mandar matar o jovens, Remílton Moura da Silva Júnior, o Juninho Cagão.

?Daniel foi visto numa laje na Chatuba no dia seguinte às mortes com um radiotransmissor dando ordens aos comparsas para atirarem nos parentes das vítimas que entraram no parque para procurá-las. A sorte é que ninguém foi atingido. Ele não participou das execuções, mas, por essa conduta, é coautor do crime?, explicou Julio da Silva.

Na delegacia, parentes reconheceram ontem objetos dos rapazes encontrados na Chatuba. ?Vi a camisa e a bermuda?, lamentou o tio de Douglas Ribeiro, Renivaldo Cruz. ?Indica que o palco da ocorrência foi a comunidade da Chatuba?, disse o delegado.

José Aldecir da Silva, pai de Júnior, 19, que está desaparecido, não reconheceu os objetos. À tarde, agentes da 53ª DP escavaram local onde estaria o corpo de Júnior, mas nada foi encontrado.

Nesta quarta, no Parque de Gericinó, policiais apreenderam uma camisa com manchas parecidas com sangue, duas facas e material para embalar drogas. Eles estavam perto da cachoeira onde os rapazes teriam sido capturados. Segundo PMs, havia ossadas próximas ao local, mas eles não souberam dizer se eram humanas.



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