Homem que fez pessoas reféns em mercado diz que é do Estado Islâmico e que matou policial

O vídeo também mostra imagens deste homem fazendo bombas ao ar livre.

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 Um homem parecido com Amedy Coulibaly, o jihadista que na sexta-feira (9) tomou vários reféns em um supermercado judaico de Paris, reivindica o ataque que tirou a vida de uma policial na quinta-feira e alega ser membro do Estado Islâmico, em um vídeo póstumo postado neste domingo (11) na internet.

No vídeo, o homem olha para a câmera e diz ter agido "contra a polícia", enquanto que uma legenda o identifica como Amedy Coulibaly, 32. "Chegamos de forma sincronizada para sair ao mesmo tempo", afirma o homem, referindo-se aos irmãos Kouachi, que atacaram a revista "Charlie Hebdo", matando 12 pessoas.

Tanto Coulibaly como os irmãos Said e Chérif Kouachi foram mortos na sexta-feira pelas forças especiais francesas em duas operações simultâneas, em Paris e em Dammartin-en-Goële , no norte da França, respectivamente.

O Estado Islâmico é uma organização terrorista que declarou, em 30 de junho deste ano, o controle de um território estratégico entre a Síria e o Iraque. Seus membros estabeleceram, ali, um califado islâmico e têm disputado com os governos regionais.

O vídeo de 7 minutos e 17 segundos, que foi rapidamente retirado do site "Dailymotion", não teve sua autenticidade confirmada.

"Eu me reporto ao califa dos muçulmanos Abu Bakr al-Baghdadi, o califa Ibrahim", afirma o suposto Coulibaly, que está vestido com um traje muçulmano, um keffieh, e tem atrás dele uma bandeira negra. "Eu jurei fidelidade ao califa desde a declaração do califado", acrescenta.

O vídeo também mostra imagens deste homem fazendo bombas ao ar livre. Ela também aparece olhando para a câmera vestido com o que parece ser um colete à prova de balas.

Família condena atentados

Mais cedo, a família de Amedy Coulibaly, condenou os atentados e desvinculou esses "odiosos atos" do islã. Em comunicado, a mãe e a irmã de Coulibaly ofereceram suas "sinceras condolências" às famílias das quatro vítimas judias do atentado no supermercado "Hyper Cacher" e a da agente municipal.

"Condenamos seus atos. Certamente não compartilhamos as mesmas ideias extremistas. Esperamos que não se faça uma vinculação entre esses atos odiosos e a religião muçulmana", assinalou a mãe de Coulibaly no comunicado.

A mãe e a irmã de Coulibaly também expressaram sua solidariedade com a família das 12 vítimas da massacre na revista satírica "Charlie Hebdo", na quarta-feira, o primeiro desta onda inédita de atentados na França.
Histórico de crimes

Coulibaly tinha uma longa ficha criminal, principalmente por roubos. A imprensa francesa acredita que foi nos diversos períodos em que esteve na cadeia que ele se converteu ao islã e se radicalizou.

Em 2010, Coulibaly voltou a ser detido pela polícia, sob suspeita de planejar a fuga de Smain Ait Ali Belkacem, membro do Grupo Islâmico Armado Argelino (GIA), condenado em 2002 à prisão perpétua pelo atentado à estação Museu de Orsay de Paris, em 1995.

Chérif Kouachi também teria participado do plano de fuga. Segundo o site do "Nouvel Observatoire", Kouachi e Coulibaly teriam se conhecido entre 2005 e 2006, quando estavam na prisão Fleury-Mérogis, em Paris.



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