Assassino de caminhoneiro vive em prisão domiciliar

Empresário matou caminhoneiro após confundi-lo com outro, envolvido em acidente que matou seu filho

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Humberto Carvalho e Eduardo Faustino | Andrê Nascimento
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A família do Helvécio Maia clama por justiça. O caminhoneiro foi assassinado por engano em Teresina pelo empresário Flávio Sousa, que hoje vive em prisão domiciliar, e paga R$ 700 de pensão para a família da vítima. ?Com a materialidade do crime [ou seja, crime comprovado], o acusado deve ir a júri popular, onde será julgado pelos pares?, disse o advogado da família da vítima, Humberto Carvalho, ao meionorte.com.

No cruzamento das avenidas Presidente Kennedy e Dom Severino, em maio de 2010, o empresário Flávio Sousa atirou seis vezes contra o caminhoneiro Helvécio Maia. Flávio pensava se tratar do caminhoneiro envolvido no acidente que, 14 dias antes, matou seu único filho. Após um ano foragido, Flávio foi preso, mas a prisão preventiva foi convertida em domiciliar, pelo fato do acusado ser diabético e cardíaco. A pensão havia sido acertada em R$ 1400 reais, mas foi reduzida através de recursos da defesa para R$ 700.

De acordo com Humberto Carvalho, a família de Helvécio Maia passa necessidade, e vive da caridade da igreja que frequenta e de vizinhos. Ele ainda afirma que a família de Flávio não tem pagado a pensão como deveria, que atrasou o pagamento durante quatro meses, e pagou dois deles recentemente. O atraso no pagamento foi desmentido pelo advogado do acusado, Eduardo Faustino. ?Eu tenho todos os comprovantes de pagamento comigo?, afirmou.

A tese sustentada pela defesa é de que se tratou de um ?Homicídio privilegiado?, quando o homicida se encontra em estado de violenta emoção. ?Nunca foi intenção da defesa negar que houve o crime. Mas não foi um crime qualquer?, argumentou. Por o empresário acreditar que se tratava do caminhoneiro que causou a morte do seu filho, para o direito penal, é como se realmente o fosse. Segundo o advogado, Flávio não está em liberdade, jamais intentrou nenhum pedido de liberdade. ?Queremos um julgamento justo. Não é justo trata-lo como se assassino sanguinário fosse?.



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