Homem que matou ex-esposa após jogar ácido no rosto dela é condenado

Conforme a Polícia Civil, William jogou ácido sulfúrico no rosto de Mayara enquanto o amigo dele, Paulo Henrique, segurava a jovem.

Homem que matou ex-esposa após jogar ácido no rosto dela é condenado | Reprodução
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Após 4 anos, William César dos Santos, acusado de jogar ácido sulfúrico e matar a própria esposa Mayara Estefany França Araújo, que tinha 19 anos, foi condenado a mais de 30 anos pelo crime de feminicídio. O crime aconteceu em 2019 e a jovem morreu depois de 21 dias internada.

O julgamento de William aconteceu nesta quinta-feira (20) e durou cerca de 13 horas, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra, área central do Recife. Ao todo, a pena dele foi de 30 anos, 3 meses e 15 dias.

William dos Santos foi condenado pelo júri popular por homicídio qualificado por quatro motivos: por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima, além de se tratar de feminicídio, que é quando a mulher morre pela condição de gênero. Além disso, ele também foi condenado por descumprimento de medida protetiva antes da morte de Mayara. 

Mayara Estefany França Araújo | Foto: ReproduçãoConforme a Polícia Civil, William jogou ácido sulfúrico no rosto de Mayara enquanto o amigo dele, Paulo Henrique, segurava a jovem. O cúmplice do crime continua preso e ainda não há data para o julgamento dele. A defesa dele  entrou com um recurso para que Paulo não seja julgado em júri popular, o que está em análise.

O julgamento foi comandado pela juíza Fernanda Moura de Carvalho e começou por volta das 10h, e correu em segredo de justiça. A mãe, a irmã e a tia da jovem foram testemunhas de acusação. 

RELEMBRE O CRIME

O crime aconteceu no dia 4 de julho de 2019, onde Mayara morava com o filho do casal, na época com 2 anos, no bairro de Nova Descoberta. William jogou ácido sulfúrico na jovem, que foi atingida no rosto, no tórax e nas mãos e teve 35% do corpo queimado. Ela ficou internada no Hospital da Restauração em estado grave. 

O amigo de William segurava a jovem no dia do crime | Foto: Ed Machado - Folha de PernambucoNo dia seguinte ao crime, Paulo, amigo do acusado, foi preso. William se entregou à polícia no dia 9 de julho e, no depoimento à polícia, disse que "queria dar um susto" em Mayara.  No dia 12 de julho, os dois foram indiciados por tentativa de feminicídio. Entretanto, com a morte de Mayara, o Ministério Público de Pernambuco requisitou a alteração da denúncia para que William e Paulo respondessem por homicídio qualificado consumado. 

Conforme as investigações, Mayara havia prestado três queixas contra William no período de 19 dias. A jovem também havia pedido uma medida protetiva por ter sido vítima de violência física e psicológica. Após o crime, Pernambuco passou a ter uma lei que impõe uma série de regras e diretrizes para a venda de ácidos.



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