Homicídios contra mulheres aumentam mais no primeiro trimestre em São Paulo

Chamam mais a atenção as taxas de crescimento de delitos como o homicídio doloso e a tentativa de homicídio contra as mulheres

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Homicídios contra mulheres aumentam mais no primeiro trimestre em São Paulo | Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
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No primeiro trimestre de 2023, o estado de São Paulo registrou um significativo aumento nos crimes contra mulheres em comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), destacam-se os seguintes índices: o feminicídio aumentou 24%; as ameaças cresceram 70,8%; e as ocorrências de lesão corporal dolosa tiveram um aumento de 13,8%. 

É notável o aumento expressivo das taxas de crimes como homicídio doloso e tentativa de homicídio contra mulheres, que apresentaram aumentos significativos em comparação à população em geral, englobando tanto homens quanto mulheres. Segundo os dados fornecidos pela SSP, no primeiro trimestre de 2023 foram registrados 128 casos de homicídios dolosos envolvendo mulheres como vítimas, representando um aumento de 19,6% em relação ao mesmo período de 2022.

Por sua vez, o número de homicídios dolosos contra a população em geral alcançou 719 casos durante o mesmo período, representando um aumento de 2,8% em comparação ao primeiro trimestre de 2022. Portanto, observa-se um aumento de 19,6% nos homicídios dolosos contra as mulheres e um aumento de 2,8% na população em geral.

A mesma tendência é verificada nas tentativas de homicídio. No primeiro trimestre de 2023, foram registrados 101 casos envolvendo mulheres como alvo, o que representa um aumento de 26,2% em relação ao mesmo período de 2022. Já as tentativas de homicídio contra a população em geral totalizaram 933 casos, apresentando um aumento de 13%. Em resumo, houve um aumento de 26,2% nas tentativas de homicídio contra as mulheres e um aumento de 13% na população em geral.

A SSP foi questionada sobre o maior aumento dos homicídios dolosos e tentativas de homicídio contra as mulheres, em comparação ao registrado contra a população em geral. Em nota, a secretaria não apresentou uma resposta direta. Afirmou que a variação dos casos de feminicídio e homicídio dolosos contra mulheres é alvo de análise permanente por parte da secretaria. E que 68% desses crimes foram provocados devido à relação afetiva entre a vítima e o autor.

“As outras ocorrências tiveram como autores amigos ou familiares. Em cerca de 88% dos casos, a vítima já tinha um histórico de violência doméstica. A SSP segue trabalhando continuamente para aprimorar o atendimento à mulher em situação de vulnerabilidade e capacitar os policiais para lidar com essas situações de maneira humanizada”. 

(Com informações da Agência Brasil)



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